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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Mulheres na Mineração é destaque em Seminário de Mineração do Norte de MT

Foto: Foto: Divulgação

Mulheres na Mineração é destaque em Seminário de Mineração do Norte de MT
Pesquisadores, cientistas, estudantes, autoridades públicas e representantes de entidades ligadas ao setor mineral do país, participaram da abertura do 3º Seminário de Mineração do Norte de Mato Grosso, nesta terça-feira (19), realizado no auditório da Faculdade Unifama, em Guarantã do Norte (708 km de Cuiabá). 

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O presidente do Instituto Somos do Minério, Roberto Cavalcanti, participa do painel “Certificação no Cooperativismo Mineral”, nesta quarta-feira (20), 2º dia do evento. O 3º Seminário de Mineração do Norte de Mato Grosso termina na quinta-feira (21).

Durante o 1º dia, vários painéis abordaram temas relacionados aos avanços e desafios dos programas de pesquisa mineral, questões sociais, comunitárias e de governança (ESG), os impactos ambientais e econômicos da atividade, as potencialidades do setor, dentre outros assuntos.

O último evento do dia debateu o papel da mulher na mineração, que contou com uma dinâmica em grupo, guiada por cada uma das convidadas a compor o painel.

A presidente da Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (COOGAVEPE), Solange Barbosa, destacou que apesar dos avanços, as mulheres ainda são subjugadas e precisam diariamente reafirmar que são tão capazes de realizar as funções no setor de mineração, quanto os homens.

“Comentários e piadinhas perpassam todos os níveis e cargos, mas também existem homens que veem a presença da mulher na mineração de forma positiva, nos respeitam e defendem. O importante é não desistir. Mulheres, não desistam, é difícil, mas se fosse fácil, não seria para nós”, frisou.

Outras discussões em grupo também apontaram a necessidade de algumas mineradoras adequarem suas instalações para as mulheres, além da possibilidade de criarem ouvidorias para receberem denúncias anônimas sobre assédio.

“Fiquei bastante emocionada com essas discussões que envolveram várias jovens universitárias, realmente não esperava, foi além das minhas expectativas”, ressaltou a diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável na Mineração, Dione Macedo.

Segundo ela, o grupo também opinou sobre a possibilidade de capacitação dos gestores para dar oportunidade de equidade ao setor. “Porque existem muitos gestores que não sabem fazer isso e as mulheres acabam sofrendo muita descriminação”, enfatizou.

Participante do grupo, a vice-presidente do Instituto Somos do Minério, Andressa Carvalho, citou a importância dessas discussões para conscientizar cada vez mais o setor minerário, sobre a participação ativa das mulheres nessa atividade.

“Um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), cita justamente a necessidade de empoderar mulheres e meninas, bem como, alcançar a igualdade de gênero, ou seja, essas discussões são muito importantes e relevantes para nós do setor de mineração”, destacou.

Para a geóloga Jessica Paiva, o maior desafio é ter a capacidade física e científica questionada.

“Nossa atividade é muito de ir à campo e existe a dúvida se vamos dar conta do serviço, ou seja, sempre temos nossa capacidade física questionada, não importa a capacidade técnica e científica. Na hora de falar, também percebo que temos que praticamente repetir várias vezes, para sermos ouvidas”, contou. 
 
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