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Terça-feira, 19 de março de 2024

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APOIO DA UFMT

Projeto auxilia famílias na produção e venda de alimentos orgânicos em Poconé

Foto: Divulgação

Projeto auxilia famílias na produção e venda de alimentos orgânicos em Poconé
A técnica da produção orgânica de alimentos vem ganhando força por parte de pequenos agricultores moradores do Assentamento Agroana Girau, na zona rural do munícipio de Poconé (104 km de Cuiabá), região do Pantanal mato-grossense. O projeto recebeu a visita da equipe do Instituto Somos do Minério, entidade sem fins lucrativos, que apoia e incentiva as boas práticas socioambientais, na última sexta-feira (06).

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O consumo de alimentos orgânicos está se tornando cada vez mais popular devido aos benefícios para a saúde e para o meio ambiente. Não só isso, o sistema de agricultura orgânica promove uma produção social e economicamente sustentável, pois recorre ao uso de adubo orgânico e sistemas de rotação de culturas, técnicas indispensáveis para o sucesso da produção sem defensivos agrícolas.

Apoiados pelo projeto de extensão da Faculdade de Economia, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que presta auxílio através de vários departamentos, como nutrição, agronomia e engenharia florestal, famílias integrantes da Associação Núcleo São João produzem hortaliças, frutas e legumes de forma original, sem uso de defensivos agrícolas.

Depois de todo processo de produção, os moradores montam cestas com mais de 10 itens desses alimentos, que são vendidos aos consumidores da capital, Cuiabá. A iniciativa pretende aumentar a produtividade e o alcance dos consumidores a esse tipo de produto.

Coordenador do projeto de extensão, o prof. dr. Alexandro Rodrigues Ribeiro, da Faculdade de Economia, explica que a ação surgiu da necessidade de oferecer um meio para que os pequenos agricultores pudessem se autossustentar e garantir a sobrevivência de suas famílias e da comunidade onde estão inseridos, utilizando técnicas originárias, de preservação do solo, através do sistema agroflorestal (SAF).

“No sistema agroflorestal existe um equilíbrio, com múltiplas culturas no mesmo ambiente, ou seja, várias espécies interligadas, que com o tempo, formam uma floresta. A produção nesse caso é natural, sem a utilização de defensivos agrícolas, porque tudo é no seu tempo”, ressalta.

Segundo o prof. Alexandro, nesse modelo, os agricultores têm um pouco mais de trabalho do que no modelo convencional, porém, não precisam contratar mão-de-obra, eles mesmos realizam as atividades, sendo que a rentabilidade é um pouco maior e o benefício ambiental, gigantesco.

Para o presidente do Instituto Somos do Minério, Roberto Cavalcanti, o projeto é louvável, pois contribui com a sustentabilidade no âmbito da agricultura familiar, promove a rentabilidade aos moradores e exerce forte papel na preservação e conservação ambiental.
 
“Nós estamos juntos com a universidade, dispostos a também ajudar a comunidade, retribuindo aquilo que eles oferecem a nós. Esse é o pensamento do Instituto Somos do Minério, juntos, de mãos dadas, vamos auxiliar para que esse projeto prospere cada vez mais”, destacou o presidente da entidade.
 
Agricultura orgânica

Alface, couve, hortelã, abacaxi, dentre outras variedades de hortaliças, legumes e frutas, convivem juntas em parte da plantação de cerca de 28 hectares da pequena agricultora Josenil Vasconcelos Estral, moradora da região Barrosa, integrante da Associação Núcleo São João, no Assentamento Agroana Girau.

Sem adição de defensivos agrícolas, Nil, como é conhecida, diz sentir orgulho da produção orgânica, muito mais saudável para o consumo e para o meio ambiente. Ela também afirma que sem a iniciativa da UFMT, seria inviável manter a produção orgânica, muito menos expandir o produto para comercialização na capital.

“Somos os únicos desse lado da Agroana que trabalham com a produção orgânica, do outro lado, é no modo convencional. Para nós, esse projeto da UFMT é um diferencial, é o nosso braço, sem eles não conseguiríamos expandir o nosso produto. Além disso, o consumo orgânico é um estilo de vida saudável, o consumidor sabe o que está consumindo”, conta a agricultora.

Na última remessa vendida aos consumidores, 11 itens fizeram parte da cesta, composta por mandioca, batata-doce, limão, mamão, feijão catado, alface, couve, rúcula, cebolinha, quiabo e abobrinha, ao custo de R$ 47.

Outras ações e projetos do Instituto Somos do Minério estão disponíveis no site: www.somosdominerio.com.br
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