O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) emitiu nota, na tarde deste quinta-feira (11), onde esclarece que os casos de doenças neurodegenerativas investigados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), conforme noticiado na imprensa, tratam-se de suspeitas da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) e não tem relação com o consumo de carne.
Leia mais:
Fiocruz confirma internação de duas pessoas com suspeita do mal de vaca louca; MT teve um caso em animal
Conforme a Pasta, a maior incidência da doença ocorre de forma esporádica e tem causa e fonte infecciosas desconhecidas.
De acordo com informações disponíveis no site do Ministério da Saúde, entre os anos de 2005 e 2014, foram notificados, no Brasil, 603 casos suspeitos de DCJ. Desde que a vigilância da DCJ foi instituída no Brasil, nenhum caso da forma vDCJ foi confirmado. A vDCJ é uma variante da DCJ, associada ao consumo de carne bovina.
O caso
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou a internação de dois pacientes, moradores da Baixada Fluminense, que estariam com suspeita do mal da vaca louca.
Em setembro, o Ministério da Agricultura e Pecuária tinha confirmado um registro em Nova Canaã do Norte (680 quilômetros de Cuiabá).
Em nota, a Fiocruz confirmou que “recebeu dois pacientes com suspeita de encefalopatia espongiforme bovina, popularmente conhecida como 'Doença da Vaca Louca'. Ambos estão internados no Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 do INI".
O mal da vaca louca é uma doença cerebral, degenerativa, fatal, que afeta gado e pode infectar humanos se houver o consumo de carne contaminada.
Em setembro, o Ministério da Agricultura confirmou dois registros da doença em animais em Belo Horizonte (MG) e Nova Canaã do Norte (MT).
Assim como nos animais, os humanos podem desenvolver o príon infeccioso naturalmente ou adquirir no consumo de carne infectada. Em seres humanos, existem duas variedades da doença, veja a seguir:
(Arte: G1)
Ambas as doenças têm alguns sintomas em comum, como perda de memória, perda visual, depressão e insônia.
É possível que uma pessoa tenha adquirido o problema e ela não manifeste sintomas por anos.
Quando identificado, o paciente pode ser tratado com antivirais e corticóides. No entanto, aproximadamente 90% dos indivíduos acometidos morrem em um ano.