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prejudicado

Com aulas canceladas, ‘Natal das papelarias’ não acontece e setor investe em venda online

18 Jan 2021 - 10:23

Especial para o Olhar Direto - Enzo Varini

Foto: Olhar Direto

Selma, gerente da papelaria Coxipó

Selma, gerente da papelaria Coxipó

Na última semana, o governador Mauro Mendes (DEM) confirmou o que já se esperava: as aulas presenciais na rede estadual não irão voltar a acontecer no dia 8 de fevereiro, e o ensino permanecerá à distância enquanto a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) não der trégua. Um dos setores prejudicados pela medida – e já muito lesado em 2020 – foi o das papelarias, já que a volta às aulas, considerado o “Natal” destes comércios, foi concelada.

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A gerente da Papelaria Coxipó, em Cuiabá, Selma Pereira Braga, afirma que os pais, agora, compram lápis de cor ou giz de cera para as crianças se distraírem em casa, e não mais como parte do material escolar, o que reduz o faturamento das empresas. “No início do ano passado, os pais fizeram a lista. Nesse ano está muito fraco porque o que acontece é que não sabem nem se vão voltar às aulas”, lamenta.

Selma conta que o impacto foi grande ao ponto de não haver um ponto positivo sequer, tanto para empresários quanto para trabalhadores. “A pandemia, comercialmente, não teve ponto positivo nenhum, porque muita gente perdeu o emprego, ficou afastado ou recebeu metade do salário".

As vendas se reduziram aos padrões dos escritórios, home office e utilidades domésticas. A variedade das compras caiu e agora a internet também é usada para driblar a crise com a criação dos sites das empresas e encomendas por WhatsApp. “O que foi feito foi venda online, venda por WhatsApp e entregas. Foi feito assim pra poder continuar".

Outro fator que prejudicou o setor foi o aumento dos preços dos produtos, por causa da escassez de matéria-prima e a alta do dólar. Isso também contribuiu para a queda das vendas. “O aumento foi geral, matéria-prima pouquíssima. Agora então as fábricas não conseguem suprir as necessidades. E isso é em todos os setores, têm coisas que a gente não consegue comprar”, lembra a gerente.

As papelarias, agora, tentam driblar a crise biológica e financeira se adaptando as medidas de prevenção e comércio online. Com a queda das vendas e as altas dos preços, rever o posicionamento no mercado e o atendimento ao cliente são as únicas saídas.
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