A taxa de desemprego em Mato Grosso no segundo trimestre de 2020 foi de 10,2%, subindo 1,7 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre deste ano (8,5%). Na comparação com o segundo trimestre de 2019 (8,3%), houve aumento de 1,9 ponto percentual. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) trimestral, divulgada sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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As maiores taxas foram observadas na Bahia (19,9%), Sergipe (19,8%), Alagoas (17,8%), Amazonas (16,5%) e Rio de Janeiro (16,4%), e as menores em Santa Catarina (6,9%), Pará (9,1%), Rio Grande do Sul (9,4%), Paraná (9,6%) e Mato Grosso (10,2%).
Já o nível da ocupação em Mato Grosso caiu de 61,3%, de janeiro a março de 2020, para 57,4%, de abril a junho deste ano. Em relação ao nível da ocupação do segundo trimestre de 2019 (62,5%), houve queda de 5,1 pontos percentuais.
Segundo a pesquisa, o número de pessoas de 14 anos ou mais de idade em Mato Grosso foi de 2.772 mil. Já o total de pessoas de 14 anos ou mais na força de trabalho foi de 1.773 mil no segundo trimestre deste ano. Ao todo, 1.592 mil delas estavam ocupadas, uma queda de 5,2% em relação ao trimestre anterior e de 6,1% na comparação com abril a junho do ano passado. O número de desocupados passou de 156 mil, no primeiro trimestre deste ano, para 181 mil no segundo trimestre.
Houve redução de 64 mil (ou 10,4%) empregados do setor privado (exclusive trabalhador doméstico) com carteira entre o primeiro e o segundo trimestre, passando de 617 mil para 553 mil. Em relação ao mesmo trimestre de 2019, a queda foi de 7,7%, com 46 mil funcionários a menos.
O estado perdeu ainda 14 mil trabalhadores domésticos sem carteira entre o primeiro e o segundo trimestre: passou de 81 mil para 67 mil, uma queda de 17,5%. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, houve perda de 15,3%.
Na classificação de ocupados por grupamentos de atividade do trabalho principal, houve queda, na comparação do segundo trimestre com o primeiro, no setor de Outros serviços (20 mil funcionários a menos ou 24%), Transporte, armazenagem e correio (menos 17 mil ou 19,5%), e Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (28 mil a menos ou 8%).
De acordo com a PNAD Contínua, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas se manteve estável, passando de R$ 2.357, no segundo trimestre de 2019, para R$ 2.320, no primeiro trimestre de 2020, e para R$ 2.395, no segundo trimestre de 2020.
Os indicadores de subutilização para população de 14 aos ou mais de idade apontam que havia de abril a junho 64 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas. No primeiro trimestre, eram 53 mil, uma diferença de 11 mil ou 20%. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, porém, havia 78 mil, uma variação de 18,2% a menos.