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Sem culpa

Quem ainda desmata em Mato Grosso são os grileiros e assentados, diz Luciano Vacari

“ O estudo traz pouquíssimos registros de desmate em grandes áreas e grandes propriedades. O pecuaristas não podem mais levar a culpa por uma ação feita por outros”, reclama Vacari.

07 Dez 2012 - 14:38

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Foto: Thalita Araújo

Quem ainda desmata em Mato Grosso são os grileiros e assentados, diz Luciano Vacari
Os desmatamentos registrados em Mato Grosso nos últimos anos são de responsabilidade de grileiros de terras e assentados. Essa é a análise do superintendente da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), Luciano Vacari, em defesa dos pecuaristas e agricultores.


Vacari afirma que um estudo do Instituto Centro de Vida (ICV) – uma organização que atua em prol da sustentabilidade e conservação ambiental – traz dados que revelam que 69% de todo o desmatamento no Estado, a partir de 2008, vem sendo realizado em áreas menores que 50 hectares.

Dadas as informações, o superintendente da Acrimat diz que essas pequenas aberturas de área são provenientes, em sua maioria, das ações de grileiros e assentados, e nada têm a ver com as grandes propriedades.

“ O estudo traz pouquíssimos registros de desmate em grandes áreas e grandes propriedades. O pecuaristas não podem mais levar a culpa por uma ação feita por outros”, reclama Vacari.

O superintendente ainda pontua que é mais fácil para o governo dar terras a assentados que utilizar uma área urbana e construir esgoto, estrutura de água, escolas, por exemplo. Mas, o grande problema é que os assentados ficam sem opção a não ser desmatar para tentar produzir algo.

Vacari também lamenta que Mato Grosso seja visto como um Estado com passivos ambientais. “Um Estado que produz tudo o que produz, que é o maior produtor de soja, milho e fibras do país, e ainda tem mais de 60% do território preservado não pode ser um Estado com passivos ambientais, é o Estado mais sustentável do país”, pontua.
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