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Terça-feira, 03 de dezembro de 2024

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COMBUSTÍVEL DA BOLÍVIA

​Sem Gás Natural Veicular há um mês, taxistas e motoristas de Uber organizam protesto

Foto: Reprodução

​Sem Gás Natural Veicular há um mês, taxistas e motoristas de Uber organizam protesto
Taxistas e motoristas de Uber têm se queixado sobre a falta de Gás Natural Veicular (GNV) em Mato Grosso. Na noite desta quinta-feira (23) eles protestaram em frente ao posto Santa Elisa, em Cuiabá (um dos últimos que fazem a comercialização do combustível), contra a falta de GNV. Na capital mato-grossense os dois postos que ainda mantêm os equipamentos para fazer a comercialização do combustível já não recebem o gás há um mês.

 
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Cerca de 30 motoristas e industriários estiveram no posto Santa Elisa, em Cuiabá, reclamando da falta de gás. Eles pediram mais empenho do governo do Estado para resolver o imbróglio que existe em relação ao transporte de GNV da Bolívia até a empresa GNC Brasil, que distribui o produto para indústrias e postos de combustíveis, que, por sua vez, o revendem para taxistas e outros motoristas.
 
De acordo com o administrador do Posto Santa Elisa, Luiz Flávio Blanco Araújo, cerca de três mil abastecimentos por mês deixam de ser realizados. “Mais de 30 mil m³ foram vendidos há 30 dias. Fizemos um alto investimento em equipamentos para abastecimento dos cilindros que estão instalados nos carros e todos os dias os clientes passam aqui para saber se tem abastecimento. Há uma demanda e ela poderia ser maior, mas a insegurança impede que mais veículos façam a conversão”, explica.
 
O taxista José Lino de Araújo, com 45 anos de profissão, está gastando mais ao abastecer com gasolina. “Com a gasolina gasto o dobro. A praça já está difícil e agora sem o gás complicou mais”, reclama. 
 
Moisés Morgado, gerente geral da PAP Rações, uma das quatro indústrias que compravam o gás da GNC, pontua que com a falta do GNV a indústria está consumindo Gás Liquefeito de Petróleo, o GLP. “A troca fez o custo subir de 30 mil para 65 mil. Esse aumento no custo de fabricação dá um impacto de 35%, custo que a empresa não conseguiu repassar”.
 
O taxista Anastácio Camargo conta que o gasto com combustível é ainda maior por conta do peço do kit gás.
 
Há cerca de um mês apenas dois postos estavam revendendo o gás – o posto Ipê, localizado na Avenida Palmiro Paes de Barros e o Posto Santa Elisa, no cruzamento das avenidas General Mello e Miguel Sutil.
 
O fornecimento de GNV começou em Cuiabá em 2005, com oito postos fazendo a comercialização. No Estado já teve 12 postos, mas atualmente apenas dois, em Cuiabá, faziam a venda e não há previsão de retomada. Desde o começo deste ano os motoristas vêm se queixando da falta do combustível.
 
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