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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Sindicato pede fim de greve e que caminhoneiros acreditem em promessas do governo

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Sindicato pede fim de greve e que caminhoneiros acreditem em promessas do governo
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de Mato Grosso (Sindmat), Eleus Vieira de Amorim, pediu que os caminhoneiros autônomos finalizem a greve, que entrou no seu décimo dia nesta quarta-feira (30). A orientação é que todos sigam viagem e acreditem nas promessas do governo, que deu o braço a torcer e aceitou os pedidos da categoria.

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“O Sindmat vem solicitar a categoria de transportadores autônomos de cargas que encerre o protesto que se iniciou na data de 21 de maio de 2018. Entendemos que o Governo Federal cedeu aos pedidos efetuados pela CNTA, e não vemos mais motivos para a continuidade deste protesto”, diz trecho da nota.
 
O sindicato ainda lembra que o bom senso precisa prevalecer: “Pedimos que acreditem no governo, pois o mesmo já emitiu as Medidas Provisórias e publicou as mesmas no Diário Oficial da União (DOU). A sociedade, as empresas de transporte rodoviário de cargas e o setor produtivo do Estado de Mato Grosso e o Brasil precisam do valioso trabalho de vocês”.
 
Ação policial
 
A greve dos caminhoneiros, que completa o seu décimo dia nesta quarta-feira (30), sofreu um duro golpe em duas das maiores cidades de Mato Grosso. Uma ação policial, coordenada pelo Centro de Comando e Controle da Secretaria de Estado de Segurança Pública, desobstruiu um trecho da BR-364, na altura do Posto Locatelli e também em Rondonópolis (215 quilômetros de Cuiabá).
 
A ação ocorreu por volta das 04 horas desta quarta-feira e contou com participação da Polícia Militar (com negociador, tropa de choque e policiamento de área), Exército Brasileiro, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e equipe de resgate e combate a incêndio do Corpo de Bombeiros.
 
Conforme a PRF, até o momento, quatro pontos foram desmobilizados. Na BR-364, os dois pontos localizados entre o Posto Aldo Locatelli, km 398, e o Distrito Industrial, em Cuiabá, os manifestantes começam a deixar o local e a tendas que abrigaram os caminhoneiros durante este período foram desmontadas. O trânsito segue livre para todos os veículos.
 
Na BR-070, km 504, em Cuiabá, os veículos que estavam proibidos de transitar já começam a seguir viagem. A estrutura de apoio montada pelos manifestantes também está sendo retirada do local e o fluxo segue normalmente pelo trecho.
 
No entroncamento da BR-163 e BR-364, em Rondonópolis, também houve desmobilização dos manifestantes. No local, onde os caminhoneiros resistiram à passagem da escolta da PRF na manhã de ontem, apenas viaturas das forças de segurança estão estacionadas no local. Os veículos já começam a deixar às margens da rodovia e trânsito segue livre para todos os veículos.
 
Na terça-feira (29), pela primeira vez desde o início da greve dos caminhoneiros, o Exército Brasileiro precisou usar a força para desobstruir a entrada de Cuiabá, na BR-364. Balas de borracha e bombas de efeito moral foram usadas para dispersar manifestantes que estavam trancando a passagem de veículos.
 
Instantes antes da intervenção das forças armadas, caminhoneiros que tentavam deixar os pontos de protestos vinham sendo hostilizados e até mesmo apedrejados por outros manifestantes infiltrados, que não aceitam o acordo do Governo Federal e agora pedem um leque maior de pautas.
 
Os caminhoneiros que manifestam na BR-364, na cidade de Jaciara (131 quilômetros de Cuiabá), tentaram bloquear a passagem de um comboio que levava combustível e outros produtos na rodovia federal, nesta terça-feira (29). Os homens do Exército brasileiro resolveram agir e dispersaram a multidão com bombas de efeito moral e balas de borracha. A ação foi rápida e possibilitou a passagem dos veículos.
 
Entenda
 
O governo federal anunciou, no dia 24 de maio, uma proposta para suspender a greve dos caminhoneiros por 15 dias. Porém, os manifestantes continuam a bloquear pelo menos 29 trechos de rodovias federais que cortam Mato Grosso. Em outros Estados, a situação é a mesma. Vale lembrar que diversos serviços foram suspensos ou reduzidos por conta da falta de combustível. O protesto já dura cinco dias e tem reflexos em diversos setores.
 
A mobilização foi proposta pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e iniciou na manhã desta segunda-feira (21). Em razão dos pesados impostos e do baixo valor dos fretes, a categoria afirma que enfrenta uma grave crise e articula ações em todo o país para evidenciar o descontentamento com a atual política econômica. A PRF mantêm o diálogo com os caminhoneiros.
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