O governo federal anunciou, na noite da última quinta-feira (24), uma proposta para suspender a greve dos caminhoneiros por 15 dias. Porém, nesta sexta-feira (25) os manifestantes continuam a bloquear pelo menos 26 trechos de rodovias federais que cortam Mato Grosso. Em outros Estados, a situação é a mesma. Vale lembrar que diversos serviços foram suspensos ou reduzidos por conta da falta de combustível. O protesto já dura cinco dias e tem reflexos em diversos setores.
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O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado de Mato Grosso (Sindmat), Eleus Vieira de Amorim, confirmou ao
Olhar Agro & Negócios que os caminhoneiros continuam mobilizados: “Não aceitaram esta proposta que veio lá de Brasília (DF)”. Na última quinta-feira, vários deles ‘invadiram’ Cuiabá e foram até a frente do Palácio Paiaguás.
Nos pontos de concentração continuam com trânsito livre os ônibus, automoveis, motos, cargas vivas e perecíveis. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem feito escolta dos veículos que necessitem transpor os bloqueios.
Vale lembrar que o transporte coletivo de Cuiabá foi um dos afetados pela crise. A frota foi reduzida em 50% na tarde de ontem e assim deverá continuar até a chegada de combustível. Caso isto não aconteça até esta sexta-feira, o serviço pode não funcionar na segunda-feira (28), o que causaria um imenso impacto na capital mato-grossense.
Na última quinta-feira, alguns donos de postos da Grande Cuiabá informaram ao Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) que o estoque de combustível poderia se esgotar ainda ontem. Em pelo menos cinco cidades do interior do Estado, já há falta de produtos.
Os caminhoneiros estão passando dia e noite nos pontos de bloqueio. A comida e água que recebem, são de doações. Além disto, acrescentaram que só pretendem desmobilizar o movimento quando o problema for resolvido.
Em razão da greve dos caminhoneiros que paralisaram o transporte e o consequente bloqueio nas bases de distribuição, o abastecimento nos postos está comprometido. Com a falta de produto em alguns estabelecimentos, os usuários passam a procurar outros. Além disto, o medo de que acabe o combustível também aumenta a demanda, o que pode esgotar todas as reservas dos postos.
A mobilização foi proposta pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e iniciou na manhã desta segunda-feira (21). Em razão dos pesados impostos e do baixo valor dos fretes, a categoria afirma que enfrenta uma grave crise e articula ações em todo o país para evidenciar o descontentamento com a atual política econômica. A PRF mantêm o diálogo com os caminhoneiros.
Pontos de concentração de caminhoneiros nas rodovias do MT:
1. BR-070, km 504, em Cuiabá
2. BR-364, km 398, em Cuiabá
3. BR-364, km 200, em Rondonópolis
4. BR-163, km 119, em Rondonópolis
5. Br-364. Km 613, em Diamantino
6. BR-163, km 593, em Nova Mutum
7. BR-070, km 276, em Primavera do Leste
8. BR-070, km 282, em Primavera do Leste
9. BR-070, km 376, em Campo Verde
10. BR-070, km 383, em Campo Verde
11. BR-163, km 691, em Lucas do Rio Verde
12. BR-163, km 821, em Sinop
13. BR-163, km 746, em Sorriso
14. BR-163, km 1065, em Guarantã do Norte
15. BR-174, km 288, em Pontes e Lacerda
16. BR-364, km 1191, em Campos de Júlio
17. BR-364, km 1120, em Sapezal
18. BR-174, km 488, em Comodoro
19. BR-070, km 005, em Barra do Garças
20. BR-070, km 008, em Barra do Garças
21. BR-158, km 564, em Água Boa
22. BR-364, km 878, em Campo Novo do Parecis
23. BR 158, km 130, em Confresa
24. BR- 070, km 686, em Lucas do Rio Verde
25. BR-364, km 269, Jaciara
26. BR-163, km 750, em Sorriso