Para recuperação e abertura de novos mercados, o ministro da Agricultura Blairo Maggi se reuniu nesta semana, em Pequim (China), com a antiga AQSIQ, comissão que aprova as condições sanitárias e fitossanitárias para o comércio de produtos agropecuários com a China. Segundo Maggi, esse é o começo de um novo tempo para as relações comerciais entre os dois países já que há dois anos não tinham uma pauta comum.
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"São mais de 2 anos sem que tivéssemos uma reunião com essa subcomissão, sendo que, é ela quem coordena as ações de mercado e onde podemos abrir espaço para discutir pautas de exportação e importação. Essas coisas só estão avançando, e muito, porque no próximo dia 20 o Brasil receberá da OIE o certificado de país livre da aftosa. Isso com certeza vai mudar o perfil das nossas exportações", disse o ministro.
Maggi ressaltou que após reunião com o vice-ministro da Administração Geral de Aduana da China, Mr. Zou Zhiwu, foi firmado acordo para realização de inspeção e quarentena entre os dois países.
"Outra reunião ocorrerá ainda nesse ano com uma nova pauta de exportações. A pecuária brasileira será a grande beneficiada já que não conseguíamos, até então, exportar carne com osso e miúdos. São produtos de grande valor agregado e que mudarão o cenário do mercado no Brasil", expôs Blairo.
O ministro antecipou ainda quais são os produtos que estarão nessa pauta de negociações com a China: miúdos de suínos e bovinos; carnes com osso; carnes termicamente processadas; arroz, produtos lácteos; farinha para ração animal; ovos férteis; frutas e pescado.
Mercado
A China já é a principal parceira comercial do Brasil. No ano passado, foram mais de U$ 26 milhões em exportação, ou seja, sozinhos os chineses representam quase 28% do volume total das exportações brasileiras.