Mato Grosso é o nono estado do país em conservação de rodovias segundo levantamento divulgado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) na segunda-feira (3). O estudo mostra que 72% das estradas federais que cortam nosso território estão em boas condições de preservação. O índice está acima da média nacional que chega a quase 70%, porcentagem que corresponde a cerca de 36.400 quilômetros de rodovias federais bem conservadas em todo o Brasil.
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O relatório foi produzido após o Departamento percorrer mais de 52 mil quilômetros pelas estradas pavimentadas do país e trás o retrato das rodovias e prepara para nova campanha de levantamento de dados, a ser concluída até o final deste ano. A partir de 2018, o levantamento deverá ser atualizado mensalmente, segundo o DNIT.
A avaliação das BRs foi feita por meio do Índice de Condição da Manutenção – ICM. Desenvolvido pela equipe técnica do DNIT, o ICM é o indicador para gestão da malha federal que utiliza os mesmos critérios considerados nos projetos da Autarquia, responsável pelas obras de implantação, pavimentação, duplicação e manutenção das rodovias. Portanto, de acordo com o ICM, quase 70% das estradas apresentam boa condições, enquanto cerca de 30% estão entre regular, ruim e péssimo.
De acordo com o Departamento, o estado com melhores rodovias é o Amapá com 97% em bom estado, 2% em regular e 1% ruim; em segundo lugar está a Bahia com 82% das rodovias boas, 13% regular, 4% ruim e 1% péssimo; a terceira posição fica com Roraima, com 82% das rodovias em boas condições, 14% regular, 3% ruim e 1% péssima. A pior colocação é do Acre que possui 32% das rodovias boas, 29% regular, 15% ruim e 24% péssima.
Metodologia
Os levantamentos são realizados quilômetro por quilômetro, utilizando como base o ICM. A equipe do DNIT percorre a rodovia a uma velocidade de 60 km/h e, com o equipamento estabelecendo o georeferenciamento da pista por satélite, preenche os dados de cada segmento, usando um aplicativo criado pelos engenheiros do órgão. As rodovias em pista simples são avaliadas somente em um sentido, considerando as duas faixas. As rodovias em pista dupla são avaliadas de forma independente para cada sentido de tráfego.
Os critérios para avaliação do pavimento levam em consideração a ocorrência e frequência de defeitos no pavimento. Já os critérios para avaliação da conservação levam em consideração a situação da roçada (altura da vegetação), da drenagem (dispositivos superficiais) e da sinalização (elementos verticais e horizontais). O ICM é obtido a partir da soma do índice do pavimento, que tem maior peso (70%), com o índice da conservação.
Se o ICM é menor do que 30, a rodovia apresenta “bom” estado de manutenção e requer apenas serviços de conserva rotineira. Se o valor do ICM estiver entre 30 e 50, a rodovia apresenta situação “regular” e requer serviços de conserva leve. Se o ICM estiver entre 50 e 70, a rodovia está em estado “ruim” de manutenção e requer serviços de conserva pesada – nível 1. Se o ICM for maior que 70, a rodovia é considerada em estado “péssimo”, o que requer serviços de conserva pesada nível 2 (mais profunda).
Mapa georreferenciada
O DNIT também produziu um
mapa georreferenciado com os trechos das rodovias, referenciando a condição de cada um. De acordo com o método, as vias em “bom” estado recebem a cor azul; os trechos em condições “regulares, cor amarela; os trechos das classificados como “ruim” estão em cor laranja; e, por último, os “péssimos”, em vermelho.