Sem previsão para encerramento, caminhoneiros de diversas partes do Estado mantém os bloqueios realizados em rodovias que passam por cinco cidades. Além dos quatro pontos fechados na terça-feira (1), em Barra do Garças, Sorriso, Vila Rica e Juara, foi registrado novo bloqueio na região de Nova Mutum, na manhã desta quinta-feira (3). Em Barra do Garças, a categoria pede adesão dos fazendeiros e destaca a importância dos profissionais para o agronegócio. No local, os manifestantes tem se unido pela durabilidade do ato. Ao todo, a organização aponta que são mais de mil carretas no local.
De acordo com caminhoneiro Antônio Curvinel, mais conhecido como “Toninho”, foram 37 horas direto desde o início do protesto, na terça-feira (1), interrompidas às 18h de quarta-feira (2) e retomadas às 6h desta quinta-feira (3). Ele conta a intenção é manter a pista interditada por mais um longo período, já que, em sua opinião, a mobilização já está contribuindo para abertura de um diálogo. Para reforçar a união entre os profissionais, até um churrasco já foi feito durante o bloqueio.
“Estamos aderindo a Nova Mutum, o que eles fizerem, nós vamos acompanhar. A intenção é chamar a atenção da população. Não estamos aqui para fazer baderna, começamos às 6h hoje e estamos até agora. A gente não está mais suportando essa situação. Amanhã teremos uma dimensão maior da adesão, porque no Sul, em São Paulo e Minas Gerais tem muitos pontos bloqueados. A gente não tem que pagar a conta de políticos, não estamos envolvidos com isso.”
Toninho reforça que o movimento é pacífico e que até o momento nenhum tipo de conflito foi registrado na região. “Está tudo muito pacífico, todos estão ajudando, não falta comida, não falta água, não falta nada. Nós nos unimos Temos banheiros químicos, tenda, tudo comprado com nosso dinheiro. Todo mundo contribui. Não viramos as costas pros companheiros.”
Eles estão bloqueando as vias com pneus, permitindo apenas a passagem de veículos de passeio. A recomendação, no entanto, é que os motoristas peguem a estrada apenas em casos de urgência, uma vez que, mesmo diante da orientação do Movimento dos Transportadores de Grãos e Derivados (MTG), outros profissionais podem inviabilizar a passagem totalmente em determinados locais.
Em decorrência da alteração, a alíquota do PIS/Cofins para a gasolina mais que dobrou, passando de R$ 0,3816 por litro para R$ 0,7925 por litro. No caso do diesel subiu de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 nas refinarias. Para o produtor do etanol, passou de R$ 0,12 para R$ 0,1309 por litro. Para o distribuidor, a alíquota, atualmente zerada, sobe para R$ 0,1964.
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