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Sexta-feira, 06 de dezembro de 2024

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Diante crise na JBS, pecuaristas de Mato Grosso avaliam criação de cooperativa para reativar frigoríficos

Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT

Diante crise na JBS, pecuaristas de Mato Grosso avaliam criação de cooperativa para reativar frigoríficos
Pecuaristas em Mato Grosso avaliam criar uma cooperativa de carne e reativar frigoríficos que hoje estão paralisados. A alternativa é vista como uma saída para a concentração de plantas frigoríficas nas mãos de poucas empresas. Somente a JBS detém cerca de 47% do parque industrial de carne bovina no Estado.


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O diretor executivo da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, afirma que os pecuaristas mato-grossenses estão avaliando tal possibilidade de abrir frigoríficos por meio de cooperativas.
 
“Em todo o Estado há criadores com a intensão de abrir cooperativa para abater. Um dos objetivos é fortalecer as pequenas e médias empresas de Mato Grosso”, comenta Vacari ao Agro Olhar.
 
Vacari ressalta que o assunto é recorrente entre os pecuaristas. Porém, diante o recuo no preço da arroba, que hoje está na casa dos R$ 120,00, e da crise na JBS, devido envolvimento de seus proprietários a escândalos políticos, a questão voltou à tona.
 
“Estamos em conversa com empresas de consultoria e faculdades para estruturar um plano de negócio e depois apresentar aos pecuaristas interessados”, diz o diretor executivo da Acrimat. Vacari salienta, ainda, que a entidade não tem interesse de ter ou fazer parte de uma cooperativa. “Estamos apenas auxiliando os produtores”.
 
Preço da arroba
 
Segundo o boletim semanal da bovinocultura do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), pela sexta semana consecutiva o preço do boi gordo em Mato Grosso registrou recuo. A desvalorização foi de 0,63% na semana passada em relação a anterior. Hoje, o boi gordo está cotado em média a R$ 120 a arroba. Em junho de 2016 a média era de R$ 131,84 a arroba.
 
 “Mais uma vez os produtores estão se virando como podem. Mais uma vez o produtor é prejudicado. O que pode prejudicar o preço é o aumento da oferta, queda na demanda do consumidor e queda nas exportações. E, não estamos vendo nada disso. Então não há espaço para queda no preço da arroba. O que vemos é pressão por parte da indústria”, pontua Vacari. 
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