O Governo Federal disponibilizará para Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 (PAP), também conhecido como Plano Safra, R$ 190,25 bilhões. O volume do recurso é considerado o maior da história para financiar a agricultura brasileira, setor este que no primeiro trimestre de 2017 registrou um crescimento de 13,4% no PIB da atividade. Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os juros das operações foram reduzidos entre um e dois pontos percentuais.
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Dos R$ 190,25 bilhões disponibilizados para o próximo ciclo, que vai de 1º de julho de 2017 a 30 de junho de 2018, R$ 150,25 bilhões são destinado para custeio e comercialização, dos quais R$ 116,25 bilhões com juros controlados (taxas fixadas pelo governo) e R$ 34 bilhões com juros livres (livre negociação entre a instituição financeira e o produtor). Para investimento estão sendo disponibilizados R$ 38,15 bilhões. Além disso, os produtores terão disponíveis R$ 1,4 bilhão em apoio à comercialização e R$ 550 milhões Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).
Durante o lançamento do Plano Safra 2017/2018, o secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Neri Geller, revelou que nas linhas de custeio e de investimento os juros tiveram redução de um ponto percentual, enquanto nos programas prioritários voltados à armazenagem (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns/PCA) e inovação tecnológica na agricultura (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária/Inovagro) a redução nos juros foi de dois pontos percentuais.
Para custeio os juros caíram de 8,5% ao ano e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5%, assim como para os programas de investimentos, com exceção do PCA e Inovragro onde as taxas de juros foram fixadas em 6,5% ao ano.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, destacou que o Brasil não produz apenas soja e milho, mas também carnes, floresta, cana-de-açúcar, café, laranja, borracha, frutas, entre outros produtos. “Mais de 1,2 bilhão de toneladas. Esse é o peso da agricultura e pecuária no Brasil”, disse Maggi, ao lembrar que a agricultura ocupa apenas 8% do território brasileiro, a pecuária 17% e que cerca de 65% do território é preservado.
“O Brasil não é um país que vende commoditie agrícola e sim conhecimento. A África tem um potencial maior que o nosso em produção agrícola, porém não produz por não possuir o conhecimento que temos”, frisou Maggi.
O presidente Michel Temer afirmou que o propósito do Governo Federal é criar condições de trabalho para todas as áreas econômicas, ao destacar o crescimento de 13,4% do PIB agropecuário no primeiro trimestre de 2017 que sustentou a economia brasileira no período.
Temer revelou ainda que autorizou o ministro Blairo Maggi a realizar uma missão de 10 dias na China para buscar mercado para o Brasil.
Reforço à economia
Conforme o secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura e Pecuária, Neri Geller, os recursos destinados ao Plano Safra 2017/2018 reforça a prioridade dada pelo Governo Federal ao agronegócio, bem como à geração de emprego e renda.
Geller destacou ainda que a produção agrícola avançou muito nos últimos anos, o que mostra que produtor tem cada vez mais incorporado tecnologia no campo.