“Muito mais que extinguir o preço de pauta, é preciso olhar para o setor como um todo, avaliar as fragilidades, o potencial do setor e definir as estratégias para o desenvolvimento da suinocultura em Mato Grosso". A colocação é do secretário de Fazenda, Gustavo de Oliveira, diante solicitação dos suinocultores do Estado de redução no preço de pauta do suíno vivo, após reajuste de 46%.
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Suinocultores pedem redução no preço de pauta do suíno vivo, após aumento de 46%
O preço de pauta é o valor de referência para o cálculo do ICMS incidente sobre as negociações envolvendo suínos vivo para abate fora do Estado. Como o
Agro Olhar já comentou, o valor teve um reajuste de 46% recentemente passando de R$ 3,20 para R$ 4,74.
Hoje, o quilo do suíno vivo em Mato Grosso está em média a R$ 3,40 e segundo o setor produtivo, prejuízos já são registrados na atividade.
Durante reunião nesta segunda-feira, 17 de abril, a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) afirmou que apresentará para os produtores de suínos a metodologia de cálculo aplicada na elaboração do preço da pauta, o levantamento do cenário econômico sem a aplicação do valor da pauta, bem como o mapeamento da destinação da produção do setor.
O levantamento, de acordo com a Sefaz, será apresentado nos próximos quinze dias para representantes da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat).
Conforme o secretário de Fazenda, Gustavo de Oliveira, as considerações apresentadas pelo setor produtivo são importantes, contudo é preciso analisar o cenário como um todo e fazer um estudo econômico para que a atividade siga competitiva.
“A suinocultura é uma atividade permanente, e nos últimos anos tem enfrentado períodos de crise, por isso estamos buscando auxilio junto ao Executivo”, observou o presidente da Acrismat, Raulino Teixeira.
Além do preço de pauta, outra demanda apresentada pelos representantes da Acrismat foi quanto à revisão do ICMS na comercialização de suínos vivos em Mato Grosso.
"Estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, que são nossos principais concorrentes, tem o custo com o ICMS no Estado de 6%, e aqui em Mato Grosso, nossa alíquota é de 12%. E o que nós solicitamos não é os mesmos 6%, pedimos que a alíquota seja pelo menos equiparada com o preço do ICMS bovino que é de 7% aqui no nosso Estado", ressaltou Raulino na reunião.