O ministro de Hidrocarburos da Bolívia, Luis Alberto Sánchez, realizou nesta semana uma visita no Distrito Industrial de Cuiabá, incluindo a Usina Termelétrica de Cuiabá, que consome 2,2 m³/dia de gás natural. O governo boliviano tem interesse em elaborar com Mato Grosso um contrato de fornecimento de gás natural para a termelétrica a partir de 2019. A passagem de Sánchez pela Capital mato-grossense teve como objetivo estreitar laços comerciais, uma vez que o país vizinho veio em busca de mercado consumidor para a ureia e restabelecer um novo contrato de fornecimento de gás natural para Mato Grosso.
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A visita no Distrito Industrial de Cuiabá e na Usina Termelétrica ocorreu na última quarta-feira, 05 de abril. A comitiva boliviana esteve ainda, segundo informações da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), na sede do grupo Bom Futuro, onde puderam conhecer um pouco mais sobre o mercado agrícola mato-grossense.
O ministro boliviano comentou na ocasião que dentro de um mês a indústria de ureia deve entrar em funcionamento e que a mesma visa o mercado de Mato Grosso, visto ser líder em produção de grãos no Brasil com mais de 50 milhões de toneladas, apenas entre soja e milho 2ª safra.
“Esperamos ampliar o comércio entre Bolívia e o Estado de Mato Grosso, que é um gigante. São vários temas como produção de ureia, e um mercado que visualizamos é Mato Grosso, por sua grande extensão de cultivos", disse Sánchez em sua visita a Cuiabá.
O ministro boliviano salientou ainda que "Queremos também, trabalhar juntos na elaboração de um contrato a partir de 2019, de fornecimento de gás natural para a termelétrica, para a geração de energia”.
A Usina Termelétrica de Cuiabá tem capacidade para gerar até 480 megawatts de energia. O gasoduto que traz o gás natural da Bolívia até Mato Grosso possui 645 Km de extensão, sendo 283 km no lado brasileiro e 362 km no lado boliviano.
Conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Tomczyk, o governo boliviano anunciou o asfaltamento de 315 km, de Santa Cruz de La Sierra a San Ignácio de Velasco.
Tomczyk pontua que "Isso vai viabilizar enormemente, o comércio entre os dois países, e dará acesso, competitividade logística muito maior do que a que temos hoje, pois tanto para vender como para comprar produtos da Bolívia teríamos que fazer o trajeto por Corumbá (MS). E com esse asfalto temos um encurtamento significativo dessa distância".
Uma reunião nos dias 12 e 13 de abril está marcada na Bolívia para tratar o comércio bilateral. Na ocasião estarão presentes governadores de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina que também têm interesse no gás.