O Ministério da Agricultura ampliou a lista de agrotóxicos que terão os processos de registros investigados por causa da suspeita de irregularidades. Além do fungicida Locker, da FMC, e do inseticida Diamante BR, da Ourofino, os registros de outros cinco produtos também serão analisados pela 'comissão de sindicância investigativa' criada pelo Ministério da Agricultura.

No caso do Locker e do Diamante BR, o ex-gerente-geral de toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Luiz Cláudio Meirelles, denunciou que os processos de registro dos dois produtos não teriam passado pela devida avaliação toxicológica e que os documentos necessários à aprovação teriam sido forjados.

Em nota, o Ministério da Agricultura comunicou que também está analisando os procedimentos administrativos referentes à avaliação da eficiência agronômica e concessão do registro para do inseticida o Eventra, da empresa Alta - América Latina Tecnologia Agrícola Ltda. Segundo denúncias publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo, o Ministério da Agricultura concedeu o registro ao produto antes da avaliação da Anvisa e criação oficial da marca.

O Ministério da Agricultura informa na nota que outros quatro agrotóxicos com processos de registro ainda não finalizados também serão analisados, conforme comunicação feita pela Anvisa. Três produtos são inseticidas da Ourofino: Seguro BR, Singular BR e Coronel BR. Outro produto é o inseticida formulado Granary, da empresa Consagro Agroquímica Ltda.