O chamado “produzir mais em menos” é considerado um dos maiores desafios do setor pecuário bovino de Mato Grosso, que busca através da sustentabilidade, levar à mesa dos consumidores uma carne a cada dia com mais qualidade. O aumento da produção (arroba) e a sustentabilidade são alguns dos pontos que estão sendo discutidos em Cuiabá durante a InterCorte. A capital mato-grossense, mais uma vez, dá o ponta pé no maior evento voltado para a pecuária bovina brasileira.
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O evento, que é realizado no Centro de Eventos do Pantanal nesta quarta e quinta-feira, 08 e 09 de março, tem como tema "Entender para Atender". O InterCorte é composto por quatro painéis que norteiam as palestras, apresentação de cases e debates: Sustentabilidade, Cria, Intensificação e Carne.
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Marco Túlio Duarte, observa que a pecuária vem evoluindo consideravelmente nos últimos anos. Estudo feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), segundo Marco Túlio, mostrou que em 2016 15% dos animais abatidos em Mato Grosso tinham menos de 24 meses.
Ao ser questionado sobre os desafios da pecuária mato-grossense, o presidente da Acrimat destacou que “produzir mais em menos”, ou seja, produção uma maior quantidade de arrobas em uma mesma área ou até mesmo em área menor, é um dos que encabeça a lista dos pecuaristas.
Mato Grosso é detentor do maior rebanho bovino comercial do Brasil. São mais de 30 milhões de cabeças de gado espalhadas em 23 milhões de hectares.
Presente na abertura da InterCorte, o governador Pedro Taques destacou a importância da pecuária para Mato Grosso. Na ocasião o chefe do Executivo mato-grossense anunciou a liberação de R$ 900 mil para o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) para que o mesmo “possa praticar suas ações”.
bem como a prorrogação da entrada em vigência do aumento da alíquota do boi em pé para 1º de julho. Ainda quanto ao ICMS do boi em pé, o governador destacou que um estudo é realizado para avaliar se o tributo segue em 7% ou se haverá aumento. Ele declarou também que caso haja uma alta essa será para 9% e não mais 12%.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Normal Corral, observou que hoje se dá muito destaque para a agricultura do Estado, porém, ele salientou que não se pode esquecer da pecuária. Corral lembrou que foi com a pecuária que Mato Grosso foi desbravado.