Pecuaristas em Mato Grosso terão um aplicativo que permitirá acompanhar os bovinos em tempo real durante todo o processo de abate. A novidade, assim como a presença de um QR Code no selo da carne que possibilitará o consumidor a saber a origem do animal, foi apresentada pelo Conselho Deliberativo do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac). Testes no sistema de emissão dos selos de qualidade do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) foram realizados mostraram 100% de segurança.
De acordo com o diretor de Operações do Imac, Wagner Bachi, testes quanto a emissão dos selos de qualidade do Imac, que envolvem o produtor até a chegada do produto ao consumidor final, foram realizados durante uma semana e apresentaram 100% de segurança. Durante reunião do Conselho Deliberativo do Instituto na quarta-feira, 25 de janeiro, Bachi salientou que o sistema é informatizado e que somente o Imac poderá gerenciar.
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A carne bovina mato-grossense que receber o selo de qualidade do Imac terá garantia de procedência, rastreabilidade e de sanidade, o que resulta em um produto de alto padrão.
“Isso tudo fará com que os produtores passem a enxergar o seu produto com mais apreço e também possibilitará o aumento do valor bruto da produção que elevará os rendimentos fomentando toda a cadeia”, destacou Bachi.
Mato Grosso é detentor de um rebanho bovino comercial de 30 milhões de cabeças. Nos últimos dois anos em torno de 4,7 milhões de cabeças de bovinos foram enviados para o abate.
Hoje, Mato Grosso exporta carne bovina para 18 países.
“Queremos ser reconhecidos como o Estado que produz a melhor carne do País. Para isso, precisamos ter um produto com garantia de origem, respeito às boas práticas de produção e responsabilidade social. Isto é fundamental para o Estado. Todo mundo tem a ganhar com isso”, explicou o presidente do Imac, Luciano Vacari.
O Imac possui quatro pilares de atuação: padronização e tipificação da carcaça; promoção e marketing da carne; orientação ao consumidor e ajudar na criação de produtos; garantia de origem da carne e sistema de balança.
O Imac foi instituído por meio da Lei n° 10.370/2016 e é formatado no exemplo do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (Inac). A ideia de implementar em Mato Grosso partiu do governador Pedro Taques, durante viagem ao Uruguai em outubro de 2015.
O Imac foi criado em 2016 pelo Governo de Mato Grosso e a participação é voluntária. Os produtores que optarem em aderir devem preencher requisitos de rastreabilidade, indicadores socioambientais, cadastro ambiental rural (CAR) e adquirir as balanças de pesagem.
Segundo o Instituto, os produtores que estiverem de 100% de acordo com os critérios entram no Sistema Eletrônico de Informação das Indústrias de Carne (SEIIC), que é gerenciado pelo próprio Imac, e a partir dai receberá o selo "Imac - Carne de Mato Grosso".
“Hoje, o Estado conta com 40 frigoríficos, porém, apenas 22 estão ativos e a ideia do Imac é abater 100% dos animais no Estado, iniciando pela Marfrig, em Tangará da Serra que hoje tem abate de 1.200 animais/dia. Quando o sistema estiver operando em todos os frigoríficos do Estado, acreditamos atingir entre 1,5milhão a 2milhões de cabeças/ano certificadas pelo Imac”, explicou Bacchi.
Mudanças na gestão
Durante a reunião do Conselho Deliberativo do Instituto Mato-grossense da Carne foi acertado o nome de Wagner Bachi para substituir o atual presidente Luciano Vacari. O nome de Bachi será apresentado para o governador Pedro Taques para formalização.
Vacari deixa a presidência do Imac para assumir o cargo de diretor executivo da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).