Há 20 anos livre da febre aftosa com vacinação, Mato Grosso a partir de 2017 os pecuaristas deverão ficar atentos quanto as mudanças no calendário de imunização contra a doença. A alteração nada mais é do que a inversão das etapas de imunização. A perspectiva é que com a medida haja uma economia de aproximadamente R$ 120 milhões ao ano com a mudança.
A inversão das etapas foi anunciada em agosto deste ano. Com a mudança a vacinação de bovinos e bubalinos de todas as idades passa a ser no mês de maio, enquanto a imunização de animais de 0 a 24 meses de idade no mês de novembro.
A alteração das etapas da vacinação contra a febre aftosa foi assinada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pelo Governo de Mato Grosso em agosto.
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De acordo com o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), a mudança não é válida para animais situados em propriedades localizadas no Baixo Pantanal mato-grossense. Em tais propriedades a imunização de bovinos e bubalinos em animais de todas as idades, ou seja, de mamando a caducando devem ser realizadas entre os dias 1º de novembro e 15 de dezembro.
Como o
Agro Olhar já comentou, a inversão do calendário era uma demanda da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) desde 2012.
Mato Grosso, hoje, é detentor do maior rebanho bovino comercial do país com aproximadamente 29,3 milhões de cabeças. O Estado é, ainda, o segundo maior exportador de carne do Brasil.
Somente na etapa de maio foram imunizadas 12.147.115 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos com idade entre 0 e 24 meses. O volume corresponde a 99,4% dos animais com idade até dois anos.
O Estado tem a expectativa de até 2018 receber o status de livre da aftosa sem vacinação. Tal status é proferido hoje apenas para Santa Catarina.
Além disso, recentemente Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou que em maio de 2018 o Brasil deverá receber a certificação de país livre da febre aftosa com vacinação. Hoje, o país tem 77% do seu território reconhecido como zona livre da aftosa com vacinação. Apenas o Amazonas, o Amapá e Roraima não possuem tal status.