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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Bancos e preços

Safra 2016/2017 será “boa” para Mato Grosso, mas apertada em termos de ganhos

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Safra 2016/2017 será “boa” para Mato Grosso, mas apertada em termos de ganhos
A safra 2015/2016 é considerada pelo setor produtivo como um ciclo “fora da curva”, bem como todo o ano de 2016. As projeções para a safra 2016/2017 apontam crescimento de produção, porém a tendência é de margem apertada, principalmente diante possíveis cotações menores e a falta de recurso na hora do plantio com os bancos mais restritos.

As perspectivas para Mato Grosso na safra 2016/2017 para a soja são de 30,5 milhões de toneladas. Volume este acima das 27,8 milhões colhidas no ciclo passado. Já no milho um salto de 18,90 milhões de toneladas para 25,04 milhões e no algodão de 900 mil toneladas para 1 milhão de toneladas. No caso da pecuária a tendência é de crescimento no estoque de bovinos machos, independente dos abates crescerem ou não.

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O ano de 2016, na avaliação do presidente do Sistema Famato/Senar e do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Rui Prado, foi “um ano ímpar” sem precedentes no agronegócio, onde se teve quebra nas duas safras (soja, milho e algodão) e confinamento desestimulado com ração mais cara.

“Foi um ano fora da curva, diante os aumentos vistos nos últimos anos. O início desta safra está sendo de cautela e de olho no clima e nos preços”, observou Rui Prado na manhã desta quarta-feira, 13 de dezembro, durante a realização de um balanço de 2016 e apontamento das perspectivas para 2017.

Prado afirmou ainda que a soja “está indo bem e foi plantada dentro da janela ideal, o que possibilita a tendência de uma segunda safra boa”.

“Saímos de uma safra complicada para uma boa, mas com questões econômicas onde faltaram recursos para o produtor. Os bancos estão mais restritos. Além disso, com a quebra obrigaram os produtores a fazer o seguro rural com taxa de 6% a 9% de juros. Ao invés de ser uma ferramenta de auxílio, o seguro rural passou a ser custo de produção. E, já relatamos ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento essa questão”, declarou Prado.

O Imea a partir de 2017, além de trabalhar com dados e perspectivas de soja, milho, algodão, bovinocultura e leite, passará trazer em seus relatórios e pesquisas as culturas do arroz e do feijão.
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