O abate de bovinos na unidade fabril da JBS em Colíder pode ser interrompido. A escassez de chuva na região do rio Carapá estaria comprometendo o nível da água nos reservatórios que abastecem o frigorífico. No local são abatidas cerca de 600 cabeças de gado por dia.
Mato Grosso desde 2015 vem sofrendo com os efeitos do fenômeno El Niño com a ausência de chuva. Inúmeros prejuízos são contabilizados. Somente na soja foram 1,1 milhão de toneladas de quebra somando aproximadamente R$ 1 bilhão em prejuízos. Já no milho o recuo na produção, em relação à safra anterior, atinge 7 milhões de toneladas. Na pecuária constata-se retração de 32% nas intenções de confinamento diante, principalmente, o alto custo dos insumos.
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A JBS confirma, por meio de nota, os problemas enfrentados com o baixo nível da água em seus reservatórios. A multinacional afirma estar tomando providências para evitar que a produção na unidade de Colíder, que conta com 560 colaboradores, seja interrompida.
Em Mato Grosso, a JBS conta com 16 unidades de processamento de carne bovina.
Em 2016, segundo levantamento do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), 2,803 milhões de cabeças de gado foram abatidas no Estado até julho. A média mensal é de 400,5 mil cabeças. O percentual de abate de fêmeas em 2016 está em 42,78% dos animais levados aos frigoríficos.
Confira nota enviada pela JBS:
“A escassez de chuva na região do rio Carapá está comprometendo o nível da água nos reservatórios que abastecem a unidade de Colíder. A JBS informa que está tomando providências para evitar que a produção na unidade seja interrompida. A unidade de Colíder tem 560 colaboradores e é responsável pelo abate de cerca de 600 cabeças de gado por dia.”