O potencial bioenergético de Mato Grosso será palco de discussão no próximo mês durante o 1º Congresso de Bioenergia de Mato Grosso e 3º Congresso do Setor Sucroenergético do Brasil Central (Canacentro). O intuito do evento é mostrar o potencial do setor sucroenergético na geração de bioeletricidade. Hoje, Mato Grosso conta com 10 usinas de cana-de-açúcar instaladas, das quais apenas três vendem energia elétrica para o sistema.
O Congresso ocorrerá em Cuiabá entre os dias 12 e 14 de setembro, no Cenarium Rural. Entre os palestrantes está o presidente da consultoria Datagro, Plínio Nastari, e o presidente do Grupo Energisa, Ricardo Perez Botelho.
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O encontro reunirá entidades públicas e privadas, produtores, analistas, estudiosos e sociedade. As inscrições estão abertas e pode ser feitas através do site do Congresso (
clique Aqui). A entrada é um quilo de alimento não perecível, que deverá ser entregue no dia do evento. O evento é promovido pela Famato, Aprosoja e Senar-MT.
Mato Grosso é o sexto maior produtor de cana de açúcar. Nesta safra a previsão é que 1,150 bilhão de litros de etanol sejam produzidos, dos quais cerca de 600 milhões de litros são em etanol hidratado para abastecer veículos. Hoje, a produção de etanol de Mato Grosso atende os mercados de Rondônia, Acre, Amazonas e Pará, também.
Conforme a União a Indústria de Cana de Açúcar (Unica), atualmente o setor sucroenergético detém 7% da potência outorgada na matriz elétrica do Brasil. O setor representa quase 77% da fonte biomassa, sendo a terceira fonte de geração atrás das fontes hídrica e termelétricas com gás natural.
O presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Piero Parini, salienta que a produção de energia através da biomassa (por meio do bagaço) para o sistema elétrico ainda é baixa no Estado, apesar de todas as usinas de Mato Grosso gerarem a sua própria energia.
O diretor-executivo do Sindalcool-MT, Jorge dos Santos, destaca que dois fatores mostram que a produção de energia elétrica através da biomassa trazem benefícios: a capacidade de desafogar a produção hídrica durante períodos de seca e a proximidade das usinas com as linhas de transmissão.