Mato Grosso tem dois frigoríficos habilitados para exportar carne bovina para os Estados Unidos: JBS e Marfrig. O Estado conta com 31 frigoríficos credenciados/habilitados para exportar carne bovina para qualquer país do mundo, deste total 19 apenas estão em atividade, visto a baixa oferta de animais terminados para o abate. As indústrias já podem entrar com pedido de habilitação para exportar carne bovina in natura no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Os frigoríficos interessados em enviar carne in natura para os Estados Unidos devem possui SIF. Segundo o Ministério, será verificado se a empresa cumpre os requisitos exigidos pelas autoridades norte-americanas. Em caso de cumprimento, o Mapa irá indicar o estabelecimento aos Estados Unidos que dará o aval final para à importação da carne bovina in natura.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas Martins, destaca que quase todos os frigoríficos de Mato Grosso possuem SIF e assim estão aptos para buscar a habilitação de envio da carne in natura para os Estados Unidos.
Segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o Estado possui 31 plantas frigoríficas credenciadas/habilitadas para enviar carne bovina para qualquer país do mundo. Destas 19 estão operando. Até o momento, apenas a unidade da JBS, em Barra do Garças, e do Marfrig, em Paranatinga, estão aptas as exigências dos Estados Unidos.
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Para a indústria, a abertura dos Estados Unidos é uma opção a mais de mercado, principalmente diante o fato de grandes clientes como a Rússia, Venezuela e o Egito, por exemplo, estarem em “crise” econômica. O presidente do Sindifrigo-MT afirma que a abertura dos Estados Unidos não irá suprir totalmente a “compra” destes países que retraíram o consumo, porém é algo. “Além disso, abrindo os Estados Unidos poderemos ter novos mercados”.
O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, pontua que apesar da quantidade de 64 mil toneladas estabelecida ser pequena, o volume é interessante nesse primeiro momento. “Não só podemos ter aumento de embarques para os Estados Unidos mais à frente, como podemos ter abertura para o Canadá, Japão e alguns países do Caribe que seguem o mesmo protocolo dos Estados Unidos. Os Estados Unidos é como um ISSO para abrir mercado”.
Conforme Manzi, o fato dos Estados Unidos abrirem o mercado para a carne in natura brasileira já mostra a credibilidade da produção. “Outra vantagem para nós é que podemos mostrar cortes que lá são desconhecidos, como é o caso da picanha”.
Demanda
De acordo com o presidente do Sindifrigo-MT, Luiz Freitas Martins, Mato Grosso tem como atender a demanda exigida do mercado mesmo passando por um momento de recomposição dos estoques de machos e baixo volume de animais terminados para o abate.
“Tem como suprir a demanda do mercado exterior, mesmo com a falta de bois, pois o mercado brasileiro está retraído. Tivemos um recuo de aproximadamente 15% no consumo no mercado interno devido o poder aquisitivo estar encolhido”, diz Freitas.
Atualizada às 15h44