Ousada, mas possível. É assim que o ministro da Agricultura em exercício, Eumar Novacki, classificou a meta da pasta em querer alcanças 10% do mercado internacional durante reunião com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na manhã de quinta-feira, 28 de julho. Segundo Novacki, o ministro Blairo Maggi e toda a equipe do Ministério trabalham "fortemente" em duas frentes: abertura de mercados e sustentabilidade.
Ministro da Agricultura em exercício, uma vez que Blairo Maggi encontra-se nesta semana nos Estados Unidos cuidando da reabertura de mercado para a carne bovina brasileira para o país norte-americano, Eumar Novacki afirmou no encontro na Fiesp que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está empenhado em traçar objetivos mais claros, bem como melhorar a eficiência da pasta e manter aberto com o setor privado o diálogo, visando melhorar a excelência do agronegócio do país.
Leia mais:
Maggi espera elevar vendas de carne em US$ 900 mi com abertura de mercado para EUA
Novacki salientou, ainda, na ocasião que são trabalhadas duas frentes no Ministério que são a abertura de mercados e sustentabilidade. Ele pontuou aos representantes da Federação das Indústrias de São Paulo que para alcançar esses dois "objetivos" é preciso, primeiramente, modificar alguns processos internos, bem como contar com a ajuda dos servidores da pasta e da indústria que move todos os elos do setor econômico.
“Queremos alcançar 10% do mercado internacional. É [meta] ousada, mas é possível. No entanto, só conseguiremos isso se fizermos a lição de casa, e essa lição é a desburocratização do ministério”, declarou Novacki na reunião, conforme informações da assessoria da imprensa da
Fiesp.
A previsão é que se chegue a 10% do mercado internacional em 10 anos. Novacki revelou, ainda, que foram encontradas "muitas coisas desnecessárias, como a duplicidade de fiscalização, por exemplo, que é um processo desnecessário. O dinheiro gasto com isso vai para o lixo, já que esse processo não serve para aquecer a economia.”
No que tange a frente de trabalho da sustentabilidade, o ministro em exercício ressaltou que o Brasil é o único país do mundo com quase 62% de sua vegetação nativa intacta e que é preciso agregar esse "selo" à produção nacional.
Durante a reunião entre Novacki e o setor industrial de São Paulos inúmeras demandas foram apresentadas ao Ministério. O diretor do Departamento do Agronegócio da Fiesp (Deagro), Mario Cutait, apresentou números do Outlook da Federação e defende a realização de um trabalho em conjunto, além do estabelecimento de metas que possam ajudar de fato o setor industrial, não apenas à curto prazo, mas à médio e longo prazo também.
“Nosso objetivo aqui é unir a indústria e o ministério e tentar construir uma agenda comum e, se possível, um plano de ação. Temos que fazer um planejamento estratégico para 10, 20 anos. E não só para o agronegócio. O Brasil também precisa disso, precisamos pensar qual país queremos ser daqui a uma década", declarou Cutait.