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Plantas flex

Produzir etanol com milho é viável em Mato Grosso, mas emperra na falta de definição

26 Nov 2012 - 07:19

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Foto: Reprodução

Produzir etanol com milho é viável em Mato Grosso, mas emperra na falta de definição
Produzir etanol a partir de milho durante a entressafra da cana-de-açúcar é um negócio viável e rentável, no qual Mato Grosso é pioneiro no país. Segundo Piero Parini, presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado (Sindalcool MT), não existem gargalos tecnológicos neste caminho, mas falta definição do governo em relação ao mercado.

“É preciso saber o tamanho da matriz energética do Brasil para biocombustível. Não existe essa definição. Não adianta investir, produzir, crescer, se o governo não diz se existe mercado para consumir”, pontuou Piero em entrevista durante o Wokshop Plantas Flex, realizado em Cuiabá e com cobertura do Agro Olhar/Olhar Direto.

Atualmente, segundo o presidente, o etanol produzido nas nove plantas em atuação no Estado abastece o mercado interno, mais Rondônia, Acre e Amazonas e uma pequena quantidade restante é enviada para São Paulo.

Produzir mais etanol significaria mandar mais volume para outras regiões, sobretudo Sudeste. Porém, para isso, h´-a outro gargalo, o da infraestrutura e logística.

Neste ano, um projeto piloto de produção de etanol de milho foi implantado na Usimat-Flex , em Campos de Júlio (590 km a Oeste de Cuiabá). Foi o primeiro do país e mostra a viabilidade técnica e econômica do negócio. A usina funcionou durante 45 dias, em um período em que a indústria estaria parada.

Piero comemora o avanço e ressalta a possibilidade de expansão, já que Mato Grosso tem espaço, tem milho excedente, tem conhecimento e tem a tecnologia, faltando apenas empenho e pesquisa do governo para o desenvolvimento da atividade.

Planta Flex

Durante o Workshop Plantas Flex, a empresa Novozymes, fornecedora de enzimas necessárias à produção do etanol de milho, apresentou detalhes do negócio.

Em entrevista, Adauto de Almeida Júnior, Diretor de Vendas, reforçou que o milho pode ser uma ótima oportunidade de manter as usinas de etanol operando na entressafra.

“Nosso papel é demonstrar que é possível produzir etanol a partir do milho, com a biotecnologia. Em Mato Grosso isso seria uma ótima alternativa ao excedente do grão”, disse o diretor.

Segundo ele, no Paraguai já existem 5 plantas flex e na Argentina existem usinas operando exclusivamente com milho. No Brasil, estudos estão sendo feitos em Goiás e Mato Grosso do Sul.
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