O aumento da oferta mundial de milho pode trazer novas quedas nas cotações internacionais. Isso pode levar a manutenção dos preços elevados em Mato Grosso a ficar ainda mais refém do dólar. Estados Unidos deve colher 351,17 milhões de toneladas de cereal para a safra 2016/2017.

Na semana passada o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tornou pública a sua primeira estimativa para a safra 2016/2017 de milho nos Estados Unidos.

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O levantamento revela que a área estimada de 36,43 milhões de hectares superou as expectativas em mais de 143 mil hectares. Em termos de produtividade são esperadas na "Terra do Tio Sam" 160,6 sacas por hectare, o que significaria uma produção de 351,17 milhões de toneladas.

De acordo com o USDA, as projeções apontam para os Estados Unidos um aumento dos estoques finais para 50,22 milhões de toneladas, uma vez que a demanda não irá acompanhar a oferta.

Os números dos Estados Unidos podem impactar em Mato Grosso, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). “Ao se considerar o mercado interno, espera-se a terceira maior produção da série histórica neste ano em MT, e a semeadura em ritmo acelerado está ratificando isso. Com mais este aumento na oferta mundial do cereal, tempos de novas quedas nas cotações internacionais podem vir, de forma que a manutenção dos preços elevados em MT pode ficar mais refém ainda do dólar”.

As previsões para Mato Grosso são de 19,970 milhões de toneladas de milho nesta 2ª safra 2015/2016. Tal produção estimada perde apenas para as 21,205 milhões de toneladas do ciclo 2014/2015 e as 22,538 milhões de toneladas da safra 2012/2013.

No mercado interno mato-grossense a saca de 60 quilos de milho está em média a R$ 24,18 em março. Nesta sexta-feira, 04, os preços variam de R$ 23,15 em Nova Ubiratã e R$ 27,30 em Alto Araguaia.