As aplicações de crédito nas lavouras de Minas, nos três primeiros meses da safra 2012/2013 (julho a setembro), somaram R$ 2,4 bilhões. O valor, repassado pelo Banco do Brasil, é 24,5% maior que o registrado em idêntico período da safra anterior, conforme avaliação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

De acordo com Alceste Fernando Lima, assessor técnico da Superintendência de Política e Economia Agrícola (Spea), as aplicações do crédito somente na agricultura empresarial do Estado, nos três primeiros meses desta safra, alcançaram R$ 2,1 bilhões. “O valor é 28,9% maior que o registrado no mesmo período de 2011”, explica.

Já os agricultores familiares de Minas fizeram aplicações totais de crédito de R$ 320,6 milhões, um aumento da ordem de 2% em relação ao volume de recursos repassados nos três primeiros meses da safra anterior.

Liderança do Sul

As propriedades do Sul de Minas, exclusivamente, fizeram aplicações da ordem de R$ 637,8 milhões, soma 37,4% maior que a dos três primeiros meses da safra de 2011/2012. “A cifra corresponde a 26,3% do total contratado pelo conjunto das regiões mineiras”, acrescenta Lima.

A região Sul responde também pelo maior volume de contratos celebrados com o banco. Foram 7,1 mil contratos, ou 27,8% do total registrado no Estado nos três primeiros meses da safra 2012/2013.

Em segundo lugar está o Alto Paranaíba, que respondeu por aplicações de R$ 406,4 milhões, ou 16,8% do total no Estado. E na terceira posição, a região Central, com aplicações R$ 317,8 milhões, ou 13,1% da soma dos recursos repassados pelo banco no Estado. Volumes expressivos foram aplicados também pelas regiões Central, Noroeste e Zona da Mata, que somaram aplicações de R$ 692,3 milhões.

Produtos beneficiados

O assessor ainda informa que o café mantém a liderança entre os produtos beneficiados por aplicações de crédito. No primeiro trimestre da safra mineira atual, a cafeicultura absorveu R$ 669,5 milhões dos recursos, equivalentes a 27,6% do total contratado.

“O conjunto da bovinocultura (leite, carne e mista) somou aplicações equivalentes a 18,5% do total registrado no Estado”, avalia. Ele considera também expressivos os repasses para as lavouras de milho. “Foram R$ 260,6 milhões, ou 10,8% do total aplicado por meio do crédito rural em Minas”, acrescenta.

Segundo o assessor, o aumento de aplicações em custeio e tecnologia, principalmente no segmento de milho, mostra que os produtores continuam apostando na possibilidade de melhorar a receita com a comercialização do grão. “Está prevista uma safra de até 7,1 milhões de toneladas de milho, que atenderão principalmente à crescente demanda do produto para fabricação de ração animal e à exportação”, finaliza.