O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou 2,3% em outubro, passando para 67,5 pontos. Apesar da alta, o nível do indicador é ainda o segundo menor da série histórica. O nível mais baixo foi registrado em setembro, quando chegou a 66 pontos.
O que mais contribuiu para o resultado foi a alta de 8,9% do Índice de Expectativas (IE) para 69,7 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 4%, para 65,2 pontos, atingindo o mínimo da série.
“A alta do Índice de Expectativas em outubro é um resultado favorável, mas que deve ser interpretado como uma sinalização de atenuação, no quarto trimestre, dos números negativos que vêm retratando a evolução da produção e do emprego do setor desde o início do ano. Em relação aos seis meses seguintes, as expectativas continuam piorando, indicando que o setor continua pessimista em relação à perspectiva de uma melhora contínua do ambiente dos negócios” afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente-adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, em nota.
No âmbito das expectativas, o item que mede o ímpeto de contratações pelas empresas industriais nos três meses seguintes foi o que mais contribuiu para a evolução do Índice de Expectativas em outubro. A proporção de empresas prevendo aumento do pessoal ocupado cresceu de 6,1% para 7,8%, enquanto a parcela das que projetam redução passou de 34,5% para 24,9%.
O indicador de nível de estoques foi o que exerceu a maior influência na diminuição do Índice da Situação Atual. A proporção de empresas com estoques em excesso aumentou de 22% para 24,5%, o maior patamar desde julho de 2003 (25,7%). A parcela de empresas com estoques insuficientes diminuiu de 1,3% para 0,3% do total.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) apresentou estabilidade em outubro, ao aumentar 0,2 ponto percentual, de 76,5% para 76,7%.