O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Noberto Ortigara, apresentou nesta de terça-feira (13), em Maringá, o protótipo de um novo projeto para a Ceasa no município. Responsável pelo abastecimento de um milhão de consumidores regionais, a Ceasa de Maringá comercializa, em média, mais de 10 mil toneladas de produtos hortifrutis por mês.

Participaram da reunião representantes da prefeitura de Maringá, permissionários dos boxes, além do presidente do Ceasa-PR, Luiz Dâmaso Gusi, que analisam estudos que demonstram que, em decorrência do crescimento populacional e da melhoria de renda dos consumidores, a unidade ficará saturada a médio prazo.

Um esboço do projeto já está em discussão e inspira-se no modelo de centrais de abastecimento do norte da Itália, como Verona. O anteprojeto prevê 74 boxes de comercialização (três vezes maior do que os atuais) em um pavilhão de 20 mil metros quadrados. Os boxes devem ficar na área central, obedecendo a logística para rápida descarga e eficiente carregamento e escoamento das mercadorias.

Norberto Ortigara defendeu um projeto que reduza perdas de alimentos. “Queremos um projeto com estrutura menos onerosa e mais eficiente dentro de uma moderna visão logística”, disse Ortigara ao destacar que o novo modelo atenderá as necessidades do mercado regional e internacional para os próximos 20 anos.

Embora a proposta deva ser viabilizada através de parceria público-privada, existe necessidade de licitação pública para a obra, uma vez que a Ceasa é uma entidade vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura. Os usuários dos boxes de comercialização atuam na condição de permissionários.

O presidente da Ceasa diz que o projeto para a nova centra de abastecimento de Maringá será referência nacional. “A unidade ocupará uma área já existente na atual estrutura, localizada ao lado do aeroporto”, informa Gusi.

O presidente da Associação Representativa dos Usuários da Ceasa de Maringá, Udenilson Macedo, elogiou a proposta. Ele reconhece que, com a instalação de novas redes de supermercados e do aumento no consumo local e regional de alimentos, a atual estrutura caminha rapidamente para a saturação.

Fernando Camargo, presidente da Urbamar, órgão vinculado à prefeitura de Maringá, disse que o município concorda com a sugestão de um novo projeto. Na prática, os investimentos serão somente para a construção da nova estrutura física e modernização do sistema de logística.