Mato Grosso tem tudo para ser um polo completo da indústria têxtil. Essa é a avaliação dos representantes da Associação Brasileira de Indústria Têxtil (Abit), durante reunião com o governador Pedro Taques, em São Paulo, na quinta-feira (16). Para a Abit o que falta é ajustar o mercado mato-grossense para torná-lo mais atrativo para a instalação de unidades fabris.
O governador Pedro Taques e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo, reuniram-se com representantes da Abit na tarde de quinta-feira para apresentar o potencial de Mato Grosso com o intuito de atrair a indústria têxtil para o estado, apesar dos entraves logísticos.
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Durante o encontro, Pedro Taques revelou que o governo de Mato Grosso está contratando a Fundação Getúlio Vargas para auxiliar na elaboração de uma reforma tributária, outro entrave do estado. O governador adiantou ainda que o planejamento encontra-se em sua segunda etapa. A primeira etapa foi à reforma administrativa, que levou dois mil cargos a extinção e o investimento em tecnologia para monitoramento de resultados.
Taques declarou estar otimista, apesar do momento econômico do Brasil, pois apesar das dificuldades Mato Grosso segue em franco crescimento. “Como falar em investimentos em momento de crise no Brasil? Eu sou um otimista. Mato Grosso precisa ser olhado com mais atenção e nós temos todo interesse em recebê-los. Estamos criando as condições necessárias para bem recebê-los”.
O governador de Mato Grosso destacou ainda que o Estado trabalha uma estratégia para acessar o mercado consumidor da Bolívia. O trabalho é feito em conjunto com o vice-presidente da República, Michel Temer, um evento para integrar governo brasileiro e boliviano.
Do volume de 1,505 milhão de toneladas de algodão em plumas previsto pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) para o Brasil para a safra 2014/2015 Mato Grosso deverá ser responsável por 865 mil toneladas. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) prevê 890 mil toneladas de algodão em pluma, das quais 215 mil toneladas já foram negociadas.
De acordo com o presidente da Abit, Rafael Cervone, Mato Grosso é um estado importante para o setor têxtil. “Vamos trabalhar neste projeto viável de transformar Mato Grosso nesse polo têxtil. Já temos grupos de investidores interessados, inclusive de outros países”.
Na visão do vice-presidente da Associação, Ivan José Bezerra de Menezes, Mato Grosso pode se tornar um polo completo da cadeia. “Temos matéria prima na ponta, precisamos de pequenos ajustes para tornar o mercado local mais atrativo. Com a pró-atividade da gestão, conseguiremos desenvolver um bom trabalho no Estado”.