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Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

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Transoceânica

'Megaferrovia chinesa' de R$ 30 bilhões contemplará Mato Grosso

Foto: Reprodução/Ilustração

'Megaferrovia chinesa' de R$ 30 bilhões contemplará Mato Grosso
Lucas do Rio Verde (332 km de Cuiabá) deverá ser um dos pontos de parada da 'megaferrovia' que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico. Um acordo preliminar está sendo preparado entre China, Brasil e Peru para a construção dos trilhos. A obra está estimada em R$ 30 bilhões. O projeto criaria um importante corredor e ajudaria a alavancar ainda mais a economia da cidade mato-grossense, que está dentro do cinturão brasileiro do agronegócio.

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De acordo com as informações da Folha de S. Paulo, a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), planeja incluir trechos da ferrovia Transoceânica no plano de investimentos que será anunciado em junho. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, desembarca na próxima semana em solo brasileiro, onde deverá fechar parcerias para o projeto.

Empresas do país asiático deverão participar dos futuros leilões para levar alguns dos trechos do pacote. A reportagem da Folha ainda apurou com ministros e técnicos da esplanada, que afirmam o avanço das negociações no trecho Campinorte, que liga Goiás a Lucas do Rio Verde (MT). A região é considerada o polo do agronegócio, por onde passa a maior parte da produção nacional de grãos.

De acordo com o projeto inicial, a Transoceânica começa no Rio de Janeiro, passa por MG, GO, MT, RO e AC e, de lá, segue para o Peru. Um dos entraves seria o alto custo de construção para cortar a Cordilheira dos Andes. Em Lucas do Rio Verde, os estudos técnicos já foram iniciados.

A ferrovia se tornaria uma nova opção de escoamento da exportação agrícola. A soja brasileira, por exemplo, tem dois caminhos para chegar à China: os portos de Santos (SP) e Belém (PA). No primeiro, são 30 dias de viagem pelo Atlântico. No segundo, saindo de Belém, via canal do Panamá, são 35 dias. O prazo para o transporte do Peru até a China seria semelhante, porém, a diferença estaria no tempo entre a região produtora, Mato Grosso, e o porto peruano.

O objetivo do Palácio do Planalto agora é avançar um pouco mais e tentar fechar cronogramas para a realização de estudos técnicos. Em julho de 2014, Dilma e o líder chinês, Xi Jinping, ratificaram cooperação permitindo investimentos chineses em ferrovias brasileiras. No desenho antigo, que quase não despertou interesse do setor privado, o Tesouro Nacional ajudava a bancar as iniciativas. Hoje, porém, não há recursos para isso. Confira AQUI a reportagem completa.
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