A cotação da soja fechou o pregão desta sexta-feira, na Bolsa de Chicago (CBOT), com queda de aproximadamente 50 centavos de dólar por bushel, nos contratos de curto prazo. O declínio nos preços se deu após a divulgação dos novos números da safra americana de soja, por parte do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Conforme analistas de mercado ouvidos pela reportagem, com uma safra maior que a prevista anteriormente (80,66 milhões de toneladas, ante as 77,84 mi/t de outubro), os vendedores colocaram seus contratos em oferta na bolsa. E aí vale a lei da “oferta e da procura”. Com mais produto, preço mais baixo.

O analista e comentarista da CBOT, David Fiala, disse que os números do USDA influenciaram o mercado. “Isso nos levou a uma nova baixa para o movimento, por isso estamos com preços negativos”.

Mas Fiala lembra que, mesmo o preço da oleaginosa caindo abaixo dos US$ 15 por bushel, os comerciantes não tem do que reclamar. “Precisamos respeitar que os preços da soja em US$ 13 - US$ 14 são, historicamente, muito bons”, comenta.

O analista também comentou que, apesar do aumento da safra nos Estados Unidos ainda não dá margem de segurança para os estoques mundiais. “A transição mundial foi elevada para 60 milhões de toneladas contra 57,6 mi/t no mês passado. Mas a demanda está muito aquecida”, finaliza.