Com o clima favorável para o desenvolvimento das lavouras de milho os produtores já começam a planejar a safrinha de soja do próximo ano. De acordo com o agrônomo da Cooperativa dos Agricultores de Chapada (Coagril) Mauro Rohr, as áreas que foram semeadas com o cereal no mês de agosto com variedades super-precoces já estão em fase adianta, que em alguns dias já estarão com as espigas formadas. “Vamos ter lavouras que poderão ser colhidas em pouco mais de dois meses, havendo uma permanência de clima com chuvas regulares”, disse o agrônomo.

Segundo ele, nos espaços do milho, que for colhido na metade do mês de janeiro, certamente haverá o plantio da safrinha de soja 2013. A estimativa é que no município sejam plantados até 3 mil hectares da oleaginosa nas restevas do milho. “Este é um negócio que, pelo menos no município, vem ganhando espaço e a confiança dos sojicultores que já encontram no sistema mais uma fonte de renda com a produção de grãos de soja”, explicou.

Conforme Rohr, nesta segunda safra do ano da oleaginosa os produtores não investem muito em tecnologia, por existirem fatores naturais que impedem comparativos de produtividade com a safra principal, plantada nos meses finais de um ano e colhida no ano seguinte. “Em períodos normais as projeções de produtividades, com o emprego de tecnologia, podem chegar a 80 sacas de soja por hectare enquanto numa safrinha esta média de estimativas reduz para 40 sacas por hectare”, compara o agrônomo.

Mesmo assim, segundo ele, a safrinha vem se apresentando como alternativa e é feita em sistema de rotação de culturas, pois ocupa área onde estava plantado o milho. O agrônomo lembra que tecnologia de produção existe, mas que tem o fator clima que pode derrubar toda e qualquer projeção, se não houver tempo com chuvas normais. “A maior fatia da produção agrícola fica por conta do clima e sobre este não temos poder de promover alterações”, comenta.

Realizando o plantio em janeiro o produto deverá ser colhido no final de mês de abril ou começo de maio. Rohr salienta que em estados como o Mato Grosso e Paraná a safrinha de soja já está consolidada. “A tendência é que por aqui logo também teremos mais áreas sendo aproveitadas para a formação de lavouras de safrinhas”, concluiu.