Dificuldade na liberação de crédito para a safra 2015/16 paralisa e atrasa a comercialização de insumos, segundo a ANDAV. Recursos, que deverão ser mais limitados, estão travados e há incertezas sobre as taxas de juros do novo Plano Safra e a direção do dólar. Fertilizantes, sementes e defensivos devem ser os itens a pesarem mais no bolso do produtor. Produção de grãos deve ser a mais afetada.
A ANDAV (Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícolas e Veterinários), já percebe uma redução nas comercializações dos insumos agrícolas, devido à dificuldade na liberação de crédito para a safra 2015/16, consequência da crise econômica do Brasil.
Segundo Henrique Mazotini, presidente executivo da Andav, neste período do ano a comercialização dos insumos deveria ser maior, haja vista que "nesta época do ano já havia liberação, do pré-custeio, por parte de alguns bancos", explica o presidente.
Ainda assim, os bancos já deveriam ter recebido orientações quando a porcentagem de juros que será aplicado no plano safra 2015/2016. No entanto, a expectativa é que esses juros sejam corrigidos para cima.
"Nós temos a informação do Banco do Brasil que está fazendo uma estratégia de colocar um período mínimo sobre juros. Período esse que se inicia em julho, mas não temos garantia do período e a influência que o dólar vai causar nessa situação", explica Mazotini.
No entanto, a Ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou que não faltam recursos nos créditos agrícolas, e não faltará no plano safra 2015/2016. "Ela está afirmando que existe essa sobra, mas nós vamos aguardar a realidade", completa Mazotini.
Além disso, a Andav incentiva a campanha do seguro rural, que depende da liberação de recursos prometidos desde 2014, e espera ainda "a liberação de mais 300 milhões para o seguro rural que também não aconteceu", ressalta o presidente.
Segundo ele, o setor produtivo da Brasil é que controla a balança comercial do país, sendo assim, as políticas de incentivo precisariam ser realizadas de acordo com a importância do setor.