O 6º Congresso Brasileiro de Tomate Industrial será realizado em Goiânia de 28 a 30 de novembro. Com o tema “Inovações no processamento e na mecanização do tomate industrial”, o evento é uma oportunidade para discutir os maiores avanços tecnológicos e científicos desta cultura, que, em 2012, terá safra estimada em 1,2 milhão de toneladas. Respondendo por mais de 80% da produção nacional, segundo dados do Conselho Mundial de Tomate Industrial, Goiás lidera o ranking do segmento em toda a América Latina.

A programação é composta por minicursos, painéis e palestras coordenadas por profissionais das maiores empresas do segmento no Brasil e no mundo. Paralelo ao evento, também haverá uma Feira de Produtos e Negócios, em que os fornecedores de insumos terão espaço para divulgar suas marcas junto a técnicos e empresários do segmento. Serão apresentadas as principais inovações mundiais em máquinas, defensivos agrícolas, sementes, viveiros e embalagens.

Segundo o coordenador técnico do evento, Paulo César Tavares de Melo, os temas abordados no Congresso foram definidos de acordo com as principais tendências do mercado. “Essa é a primeira vez em que o evento dá ênfase às inovações no setor de mecanização, transformação industrial e embalagens”, explica o Paulo César, que também é professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).

De acordo o pesquisador, é preciso fortalecer os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para o fruto. “Há inúmeros desafios a serem enfrentados, com prioridade para temas como controle de doenças, melhorias no manejo, sistemas de irrigação, rotação de cultivos e mecanização da colheita”, explica.

O 6º Congresso Brasileiro de Tomate Industrial é realizado pela Embrapa Hortaliças, Associação Brasileira de Horticultura, Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás e Universidade Federal de Goiás, com organização da Win Central de Eventos.

Tomate industrial

O chamado tomate industrial é o fruto cultivado em plantas rasteiras, cuja produção é destinada especificamente ao processamento. Os produtos mais comuns desse processo são os molhos, extratos concentrados, purês e catchups. Em 2011, a safra nacional atingiu 1,55 milhão de toneladas. Para este ano, estima-se um total de 1,2 milhão toneladas – volume menor em virtude de condições climáticas adversas e incidência de doenças. Embora a produção interna seja uma das maiores do mundo, o Brasil importa, todos os anos, de 60 a 70 mil toneladas de atomatados para complementar o abastecimento das indústrias.

Cenário goiano

Com posição de liderança isolada no ranking de cultivo e processamento de tomate na América Latina, Goiás reúne condições estratégicas para o cultivo deste fruto: solos profundos e bem drenados, topografia plana (que permite ao produtor implantar sistemas de irrigação), clima seco de março a setembro, mão-de-obra disponível e tecnologia adequada. A primeira fábrica de processamento de tomate foi instalada no Estado há mais de 25 anos. Atualmente, são 11 empresas no segmento. A produção de tomate industrial em Goiás é realizada em mais de 16,3 mil hectares, principalmente nos municípios de Cristalina, Morrinhos, Itaberaí, Orizona, Silvânia, Rio Verde, Luziânia e Palmeiras de Goiás.