A interrupção há cerca de 20 dias da navegação na hidrovia Paraná-Tietê já preocupa o setor produtivo de Mato Grosso. A navegação foi paralisada desde que as usinas Três Irmãos e Ilha Solteira, em São Paulo, elevaram a geração de energia elétrica, o que fez reduzir o nível dos lagos da hidrovia interligados pelo Canal Pereira Barreto. No dia 10 de junho diretores da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (ANTAQ) se reuniram com diretores da Agência Nacional de Águas (ANA) para tentar resolver a situação.
Leia também
Envios de commodities em maio cresceram 6,23%, frente o ano passado
Embarques de commodities para países que jogam em Cuiabá caem em 2014
As estimativas da ANTAQ é que caso a hidrovia siga paralisada para navegação até novembro haja uma queda na movimentação de carga de no mínimo de 2 milhões de toneladas de mercadoria. Conforme o diretor da ANTAQ, Adalberti Tokarski, a não utilização da hidrovia como fonte de escoamento significaria a entrada de 45 mil carretas bitrem de 45 toneladas nas estradas de São Paulo. Entre as mercadorias estão soja, milho, farelo de soja, madeira e celulose.
“Nós estamos preocupados com o respeito ao uso múltiplo dos rios e o retorno da navegação na Hidrovia Paraná-Tietê, que ainda está sem uma solução à vista”, frisou o diretor geral da ANTAQ, Mário Povia, durante a reunião na ANA.
De acordo com o diretor do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, a situação é preocupante para Mato Grosso também. “Cerca de um milhão de toneladas de grãos produzidos em Mato Grosso são escoados por esta hidrovia, que agora está prejudicada”, declara Ferreira sobre a questão.
