Um grupo de empresários japoneses estuda a realização de investimentos pesados em logística em Mato Grosso e reeditar o Programa de Desenvolvimento do Cerrado (PRODECER), considerado um dos grandes responsáveis pela produção agropecuária na região a partir da primeira década de 1970.

A informação foi confirmada nesta terça-feira (10) pelo ministro da Agricultura Neri Geller durante a divulgação do nono levantamento de grãos da Conab da safra 2013/2014, em Brasília.

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"Japoneses estão vindo para repetir o Prodecer. Só que ao invés de ser na produção de soja, como aconteceu há 40 anos no centro-oeste, eles estão investindo em logística. Farão investimentos em ferrovia, rodovia e hidrovia para garantir o escoamento da produção”, afirmou.

Geller não divulga qual seria o volume de recursos que devem ser investidos nem quais os projetos estão sendo discutidos. No entanto, há uma articulação entre a classe política de Mato Grosso para apoiar o projeto de ferrovia do deputado José Geraldo Riva (PSD), a ferrovia MT/PA/TO, que permitirá que mais de quatro milhões de hectares sejam plantados apenas em Mato Grosso.

Há a possibilidade de que os empreendimentos com recursos externos sejam colocados em prática a partir de Parcerias Público-Privadas (PPPs), que têm como vantagem o prazo mais curto para sua viabilização.

A aproximação entre empresários japoneses e representantes dos governos estadual e federal ocorreu este ano em razão da realização da Copa do Mundo e do fato de Cuiabá ter sido sorteada para ser sede de uma das partidas do Japão.

Em 2013, um grupo de empresários da Corporação de Ferrovias da China (China Railway Corporartion) já havia manifestado interesse em criar um consórcio para se habilitar e concorrer nos leilões do Programa de Investimentos (PIL). O grupo chinês demonstrou interesse em entrar na disputa pelo primeiro trecho ferroviário do PIL a ser leiloado: Açailândia (MA) a Barbacena (MG).