O governador Silval Barbosa (PMDB) recebeu em seu gabinete, na manhã desta quinta-feira (27/02), a diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e representantes da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). No encontro, o setor apresentou as dificuldades vivenciadas por conta das estradas no período chuvoso, que já acarretou em prejuízo de R$ 500 milhões e perdas de mais de 2%. Além disso, cobraram a execuão de pelo menos duas medidas emergenciais: uma operação tapa buracos e recapeamento urgente em 100 dos pontos críticos; e, ainda, que no período da seca, a medida preventiva de recuperar todo o asfalto das regiões produtores seja colocada em prática. Contudo, o governador anunciou a liberação de cinco milhões litros de óleo diesel para as prefeituras para a execução de serviços emegenciais, mas alertou o Estado não possui dinheiro para atender à todas as demandas.
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Com 50% do Produto Interno Bruto (PIB) da produção de soja de Mato Grosso em seu gabinete na manhã de desta quinta-feira, o governador deu uma resposta frágil às reivindicações do setor responsável pelo maior volume de geração de riquezas do Estado. Os produtores rurais cobraram operações emergenciais para estancar o prejuízo com o frete das entregas, que praticamente dobrou o valor, com o período das chuvas. Devido aos buracos, as carretas estragam e a manutenção fica mais cara, o que reincide no valor cobrado aos produtores que tiveram que acionar o Seguro Agrícola.
De 18 a 20% do custo de produção, o valor do frente hoje representa praticamente 40% para o transporte das cargas que seguem para os principais portos - especialmente Santos e Paranaguá.
O prejuízo de R$ 500 milhões dos produtores rurais os levaram a cobrar um posicionamento do governador. Barbosa declarou “não ter feito a manutenção preventiva porque não havia dinheiro”. O panorama apresentado é preocupante: dos 30 mil quilômetros de rodovias estaduais, 22 mil são de terra batida, enquanto apenas oito mil já possuem asfalto, em que mais de 80% necessitam de manutenção ou restauração.
Para conter o prejuízo dos produtores, Silval já havia anunciado a liberação de cinco milhões de litros de óleo diesel para as Prefeituras das regiões produtoras e garantiu que, se as chuvas não passarem até o dia 15 de março, esta quantidade de diesel tende a ser suplementada.
O presidente da Famato, Rui Prado, explica que houve uma quebra de 2% na safra, o que acarretou ao prejuízo de R$ 500 milhões. E isso os obrigou a acionar o Seguro Agrícola, que garante ressarcimento em caso de intempéries do tempo - como excesso de chuvas.
A reivindicação dos produtores também destaca que são mais de 100 pontos críticos nas rodovias estaduais que perpassam as áreas de escoamento da safra.