A afirmação é do diretor-executivo da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Marcelo Duarte, que participa do I Workshop de Perdas Pós-Colheita, realizado nesta quarta e quinta-feira, no auditório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agrossilvipastoril, em Sinop.

“É muito importante você olhar este problema com mais atenção, pois estimativas apontam que entre dez a 12% da produção de soja fica perdida entre a colheita e o seu destino final”, comentou Duarte.

Segundo o diretor da Aprosoja, o objetivo do evento é discutir as alternativas de reduzir as perdas pós-colheita nas lavouras de milho e soja. Conforme Duarte, somente na colheita se perde cerca de 4% da soja. “São perdas ocorridas por algum tipo de equívoco na regulagem das colheitadeiras, por exemplo, o que acaba deixando os grãos caírem no chão”.

Outro fator que causa perdas de grãos é o transporte. Marcelo Duarte ressalta que nas estradas mato-grossenses é possível perceber a quantidade de grãos que ficam nas beiras das rodovias, causando inclusive problemas sanitários. “Parte dessa produção se perde por causa de estradas ruins e caminhões não preparados para o transporte de soja e milho”.

Com perda aproximada de 12%, a estimativa é que, na safra 2012/13 de soja, que está em processo de plantio, cerca de oito a dez milhões de toneladas de grãos fiquem pelo caminho, já que a prospecção de colheita é de 82.4 milhões de toneladas no país. “Isso gera um prejuízo de cerca de US$ 5 bilhões perdidos em algum estágio da colheita”, comenta Marcelo Duarte.

Produtores, pesquisadores e empresas ligadas ao setor agrícola vão participar do evento em Sinop nestes dois dias, tentando buscar mecanismos para minimizar as perdas pós-colheitas.