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Sábado, 20 de abril de 2024

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91% da população rural terão banda larga em 2015



As operadoras de telefonia no Brasil deverão alcançar, até 2015, um percentual de atendimento em banda larga de 91% da população rural localizada em um raio de até 30 quilômetros das sedes municipais. A meta, definida no Programa Nacional de Banda Larga (PNLB), é vista como um dos fatores que favorecerão a consolidação das transações de pagamentos via celular, segundo analisou o gerente de projeto do Departamento de Serviços e de Universalização de Telecomunicações da Secretaria de Telecomunicações, Marcelo Leandro Ferreira, durante o último dia do V Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira.

Cidades atendidas

De acordo com relatório de junho do Ministério das Comunicações, com dados de março último, o País possuía, naquela data, 2.930 cidades atendidas com banda larga e 68,2 milhões de acessos. O número, informa Ferreira, já avançou muito ao longo do ano. Nos sete primeiros meses deste ano, houve um crescimento de 60% no número de acessos, em comparação com igual período de 2012. O ano passado também já havia registrado um incremento de 100% nesta conta em relação a 2011.

Muito além da voz

"Cada vez mais, o consumidor brasileiro está mudando seu comportamento e criando a percepção de que os telefones celulares não são somente para voz, para falar, mas são instrumentos para acessar dados e - por que não? - fazer pagamentos. Essa é a tendência", destaca o gerente da secretaria. Ferreira citou uma recente pesquisa da consultoria Frost & Sullivan, que mostra que, até 2018, o total de usuários cadastrados para acessar os serviços de pagamentos móveis no Brasil deve chegar a 80 milhões. E, destes, um terço deverá usar ativamente o serviço.

A pesquisa aponta que, entre as motivações para esse crescimento, está a maior integração da infraestrutura de processamento e as aplicações de pagamentos móveis, juntamente com uma ampliação no nível de educação dos usuários finais.

O gerente da Secretaria das Telecomunicações acrescenta o marco regulatório do setor de pagamentos móveis, divulgado na última segunda-feira pelo Banco Central, na abertura do fórum, como um outro fator incentivador desse processo.

"A expectativa que a gente tem é de que, com a regulamentação, vai haver mais confiança para o mercado, tanto para as empresas como para os consumidores, nestas transações via celular", analisa.

Mudança cultural

De acordo com ele, a mudança cultural da população sobre a funcionalidade de um telefone celular - não mais apenas para chamadas de voz, mas para compartilhamento de dados -, assim como o março regulatório e as tecnologias já existentes devem, a partir de agora, motivar a movimentação dessas operações de ´mobile payment´, ou pagamento por celulares.

"Já existem as tecnologias, o serviço hoje já tem uma cobertura boa que serve de base para os pagamentos móveis. E, agora, as empresas já sabem as regras, portanto, a partir de agora, elas começam a se mover com mais afinco para lançar produtos e serviços de pagamentos móveis".

Ele destaca que, em um primeiro momento, esse mercado deve começar com tecnologias mais simples, com pagamentos via SMS (mensagens de texto).

Popularização

Aos poucos, deve-se popularizar a tecnologia NFC (Near Field Communication), que permite o pagamento por celulares apenas com o posicionamento do aparelho próximo a um terminal receptor. "Para isso, exigem-se aparelhos mais modernos, smartphones, que, em alguns anos, também com a desoneração federal sobre estes produtos, se tornarão mais populares".
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