Realizado entre os dias 3 e 5 de setembro, o evento compôs o módulo T3 da capacitação continuada do projeto "Transferência de tecnologia para consolidação de uma agricultura com baixa emissão de carbono no Tocantins (ABC-TO)", coordenado pela Embrapa Pesca e Aquicultura.
Entre os instrutores convidados estavam os pesquisadores Luiz Adriano Cordeiro, da Embrapa Cerrados (Planaltina, DF), e Maurel Behling, da Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop, MT). O primeiro falou sobre os fundamentos técnicos para a implantação do sistema iLPF, e Behling enfatizou técnicas envolvendo o componente florestal do sistema.
A gestão econômica do sistema iLPF foi o tema da apresentação do pesquisador Flávio Jesus Wruck, da Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO). O pesquisador Armindo Kichel, da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS), apresentou como implantar os sistemas Barreirão e Santa Fé em propriedades de gado de corte.
Kichel falou também sobre o sistema São Mateus, indicado para a região do bolsão sul-matogrossense. “Essa técnica utiliza a integração lavoura-pecuária (iLP) com a antecipação da correção química e física do solo e com o cultivo da soja em plantio direto, o que reduz custos de recuperação de pastagem”, explicou o pesquisador.
O projeto da Embrapa compõe os esforços do Plano Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono do Tocantins que deverá ser oficializado nas próximas semanas, segundo afirmou o secretário executivo de Agricultura do Tocantins, Ruiter de Pádua, na abertura da capacitação.
O último dia do módulo foi destinado a uma apresentação prática realizada na unidade de aprendizagem tecnológica (UAT) da Embrapa no Centro Agrotecnológico de Palmas. No local, os participantes puderam acompanhar os resultados de sistemas de integração demonstrativos implantados pela Embrapa.
O agrônomo Emerson Borghi, pesquisador no Núcleo de Sistemas Agrícolas da Embrapa Pesca e Aquicultura, apresentou técnicas de baixa emissão de carbono envolvendo plantas forrageiras. Entre as atividades ministradas, o especialista mediu a temperatura do solo em uma área descoberta e em outra, coberta com palhada. “A área sem cobertura chegou a apresentar temperatura 10ºC mais alta em relação à coberta, por isso a palha ajuda, por exemplo, a manter a umidade da terra”, disse o pesquisador.