A constatação foi feita pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária – Imea – em boletim divulgado na tarde de segunda-feira (8). Segundo o Instituto de Defesa Agropecuária – Indea – foram abatidos em junho 468,65 mil cabeças de gado, ou seja houve uma redução de 0,92% em comparação a maio.
Segundo o Imea, a queda no abate indica que a oferta do gado confinado nestes primeiros dias de julho está fraca. O instituto o instituto classifica como “um cenário incerto, de céu nublado na hora da tomada de decisão de fechar ou não a boiada”.
Técnicos do instituto, entretanto, apontam que o abate de gado não deverá ter quedas significativas. Segundo o boletim a partir de outubro o cenário será de aumento no abate. A justifica para a expectativa de crescimento nas vendas é que o preço do milho, mas baixo anima o pecuarista. É que a saca do milho em Mato Grosso está sendo vendida a R$ 12,77, ou seja, 38,3 mais barata que no ano passado. Isso faz com que o instituto preveja que a arroba do boi gordo deverá chegar ao preço de R$ 104,00.
Apesar da ligeira queda na primeira semana de julho, os números são satisfatórios para o setor. No primeiro semestre deste ano, segundo o Imea foram abatidas 2,92 milhões de cabeças de bovinos, variação positiva de 9,23% ante o volume de 2,67 milhões de cabeças no mesmo período do ano passado. Na comparação com o antigo recorde, 2,77 milhões do primeiro semestre de 2007, a variação positiva foi de 5,15%.
O Imea apontou “destacar que o Estado continua abatendo muitas fêmeas, com uma participação de 52,9% do total abatido no semestre. O ritmo acelerado nos abates deve contribuir para o Estado bater o recorde de 5,5 milhões de cabeças de 2012, isso porque já faz dois anos que no segundo semestre são abatidos mais bovinos que no primeiro semestre”.