Os problemas logísticos no Brasil estão atrasando o escoamento da produção e também a chegada dos produtos nos destinos internacionais, especialmente na China.
O gigante asiático, principal consumidor da soja brasileira, tende a usar parte de seus estoques para atender ao apetite interno da indústria, ressaltou ontem a consultoria alemã Oil World. Segundo a empresa, as reservas chinesas cairão com maior velocidade a partir de abril.
Além do atraso na entrega da colheita brasileira, a Argentina também está contribuindo com este cenário. Os produtores do país vizinho ainda não venderam nem um terço da produção de soja esperada para a temporada, porque temem uma desvalorização cambial e também como forma de protesto à política do governo de Cristina Kirchner.
A Oil World revisou também a sua projeção de safra de soja para a Argentina, que deve ficar em 49 milhões de toneladas, contra 50 milhões estimados anteriormente. A consultoria acredita ainda que o Paraguai não vai colher mais de 8 milhões de toneladas, mas sim 7,8 milhões de toneladas.
40 dias
É o tempo que um navio demora para chegar em Xangai, na China, a partir do Porto de Paranaguá. País asiático é o maior comprador da soja brasileira.