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Terça-feira, 05 de novembro de 2024

Notícias | Agronegócio

Mosca branca prejudica produção de soja

Os produtores de soja da região de Itapeva (SP) registraram um aumento no custo da produção da cultura de aproximadamente 8%. O motivo apontado por eles seria o maior gasto com defensivos agrícolas aplicados na lavoura na tentativa de prevenir o ataque das moscas brancas, uma praga bastante prejudicial para o desenvolvimento das plantas.

Segundo o engenheiro agrônomo André De Nadai, consultor em uma fazenda que possui aproximadamente 500 hectares de área plantada de soja, o inseticida para o combate do inseto custa em média R$ 150 por hectare. Nadai afirma que ainda não foram registrados prejuízos causados pela praga, no entanto, o aumento do custo da produção prejudica nos lucros da colheita.

O especialista explica que a mosca branca se reproduz em maior quantidade durante o período de calor, portanto, época da safra da soja cultiva em novembro. “É necessário um investimento maior nas plantas que foram cultivadas a partir desta data, já que são as que passam pelo período de maior calor até serem colhidas”, afirma o agrônomo.

O período de produção da soja, desde o plantio até a colheita, é de aproximadamente 130 dias. O engenheiro agrônomo diz que na safra de 2013, o grão começou a ser colhido no começo de fevereiro. Devido ao intenso período de calor, o volume de insetos aumentou.

O ciclo biológico da mosca branca pode variar entre 21 e 45 dias. Segundo o agrônomo, a mosca pode prejudicar a planta de duas formas. A primeira ação prejudicial é quando a mosca branca suga a seiva da planta, líquido que contêm todos os nutrientes do grão impedindo o mesmo de crescer. A outra forma é quando as fezes liberadas pelo inseto formam o fungo do tipo fumagina que também impossibilita as plantas de se desenvolverem.

A mosca se procria em mais de 500 espécies diferentes de vegetais, mas principalmente em soja e feijão.
A produção de soja é uma das principais culturas agrícolas da região. Ela representa 80% de toda a área plantada nas 15 cidades atendidas pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) de Itapeva. O sudoeste paulista é uma das principais áreas de produção da cultura em todo o estado de São Paulo.

De acordo com o engenheiro responsável pela Cati, Paulo Roberto Leite, a cada ano também aumenta a área cultivada. Em 2013, esse aumento pode chegar a 25%.

Devido ao aumento na área produzida, também aumenta o volume da mosca branca. “O aumento da mosca é proporcional a área plantada, portanto, quanto maior a plantação, maior a quantidade de inseto”, diz Leite.
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