Uma série de palestras será ministrada entre os dias 14 e 23 de fevereiro com o objetivo de treinar monitores, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, gerentes de fazenda e produtores, para que estes realizem um bom monitoramento de pragas, doenças e plantas daninhas.
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A iniciativa do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) conta com apoio do Instituto Brasileiro de Algodão (IBA), e vai ocorrer nas principais regiões produtoras de algodão. As palestras ficarão a cargo de quatro pesquisadores do IMAmt que abordarão temas de sua área de especialidade.
As palestras serão realizadas em Sorriso no dia 14; em Campo Novo do Parecis no dia 15; Sapezal no dia seguinte (16) e Rondonópolis cinco dias depois. O setor produtivo de Primavera do Leste recebe os palestrantes no dia 22 e no dia 23 é a vez de Campo Verde. Segundo informações da assessoria do instituto, as inscrições são gratuitas.
Palestras
O entomologista Miguel Soria fala sobre “Monitoramento e amostragem (ênfase em cultivos Bt), identificação, prejuízos, nível de controle e aspectos bioecológicos de pragas do algodoeiro” e também sobre “Táticas e estratégias de controle de pragas iniciais e tardias (ênfase em percevejos, bicudo-do-algodoeiro e lagarta-das-maçãs)”.
Rafael Galbieri, fitopatologista, vai abordar dois temas: “Monitoramento, diagnose e controle das principais doenças da cultura do algodoeiro de Mato Grosso” e “Monitoramento, diagnose e controle dos principais nematoides do algodoeiro de Mato Grosso”.
Enquanto o pesquisador Edson Ricardo de Andrade Junior destaca a importância do monitoramento de plantas daninhas na cultura do algodoeiro, Fábio Echer (também pesquisador), ficará responsável pelos temas “Métodos de identificação da época de aplicação de reguladores” e “Tabela de recomendação de doses de acordo com o ambiente de crescimento do algodoeiro”.
Algodoeiro
Alguns pesquisadores ditam que o algodoeiro é uma planta que parece ter sido feita para atrair insetos. Existem centenas deles que atacam o algodoeiro, sendo que 20 prejudicam a cultura em nível econômico. O bicudo é a principal praga do algodão, seguido pelo curuquerê - uma lagarta desfolhadora. Tem também a lagarta rosada, o percevejo rajado, o percevejo manchador e o da raiz.
O bicudo do algodoeiro ataca o botão floral do algodão e a maçã. Ele aborta o botão floral, fazendo com que ele caia da planta. Os prejuízos podem chegar a até 60% de perda na produtividade. No caso do curuquerê do algodoeiro, ele ataca a folha do algodão.
A lagarta come as folhas da planta e, uma vez sem folhas ela não tem como fazer a fotossíntese, ficando sem energia suficiente para produzir.