Depois da colheita de uma safra de quase 200 milhões de toneladas, a agropecuária encerra 2014 sustentando o desempenho positivo de seus principais indicadores. Crescimento expressivo do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio, maior participação na pauta de exportação, aumento do Valor Bruto da Produção (VBP) e da geração de empregos confirmam a importância do setor para a economia nacional.
Para a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, um dos destaques em 2014 é o crescimento previsto de 3,8% do PIB do agronegócio. Crescer quase 10 vezes mais que o projetado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) para a economia nacional comprova a grandeza de um setor que investe em inovação e preservação ambiental. A participação do agronegócio no PIB do país tem crescido a cada ano, para fechar 2014 em 23,3%, ante 22,5% em 2013.
Soma-se a este indicador, a previsão de alta de 2,7% do Valor Bruto da Produção (VBP) em 2015, variação impulsionada pelo desempenho da cafeicultura e da pecuária. Os efeitos do clima e da bienalidade negativa – quando a planta produz menos - determinarão o faturamento do café no ano que vem. No caso da pecuária, é esperada a continuidade da valorização dos preços do boi gordo, estimulada pelo crescimento do consumo interno e da demanda para exportação.
De modo geral, a CNA acredita em manutenção do crescimento das exportações do agronegócio em 2015, quando os embarques de produtos agrícolas devem somar US$ 103 bilhões. Esta previsão considera a possibilidade de abertura de novos destinos para os produtos agropecuários, embora a perspectiva é de que o mercado global de commodities seja marcado pela cautela. Em 2014, a participação do agro no total exportado pelo Brasil cresceu para 42,3%.
O mercado de trabalho no setor agropecuário também é destaque no ano. A agropecuária foi o setor econômico que mais ampliou a geração de empregos no período de janeiro a outubro de 2014, na comparação com o mesmo período do ano passado. Enquanto o nível de emprego geral cresceu 2,24% no período, a variação no setor agropecuário foi de 6,02%, a maior dentre os principais setores da economia.