Olhar Agro & Negócios

Domingo, 24 de novembro de 2024

Notícias | Agronegócio

de olho nos mercados

Abrapa investe R$ 30 mi em laboratório de referência para garantir certificação e ampliar exportações

Foto: Reprodução/Internet

Algodão chegará aos mercados com certificação internacional de qualidade

Algodão chegará aos mercados com certificação internacional de qualidade

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) investirá R$ 30 milhões na construção de um laboratório de referência que certificará o produto exportado e garantirá uma melhora significativa nos preços em transações com outros mercados.


O iniciativa faz parte do programa de qualidade do algodão e inclui investimentos próprios da entidade em informatização, capacitação de mão de obra e uma auditoria permanente para garantir qualidade e padronização ao algodão exportado.

Leia também
Exportações do agronegócio em MT crescem apenas 0,89% em 2014
Restos de algodão em lavouras são chamariz para bicudo; Aplicações chegam a 15

O laboratório está sendo construído no Núcleo Bandeirante, cidade administrativa do Distrito Federal, e deve entrar em operação somente em 2015. Só com as duas máquinas capazes de fazer a seleção e classificação dos fios serão gastos cerca de R$ 1,5 milhão.

De acordo com o diretor executivo da Abrapa, Márcio Portocarrero, o laboratório central de referência pretende solucionar um dos grandes gargalos para a garantia da qualidade do algodão brasileiro, que é a falta de certificação.

“Quando chegamos com o algodão nos mercados asiáticos enfrentamos barreiras como a falta de uniformidade nos produtos, como fios mais longos do que outros, e eles costumam rebaixar os nossos preços, alegando baixa qualidade, o que não é verdade. Por isso precisamos de certificação”, observou.

Segundo ele, a certificação será concedida pelo Instituto de Tecnologia de Bremem (Alemanha), um dos mais respeitados do mundo.

“Será feita uma auditoria permanente do nosso algodão. O produto sairá do laboratório com a certificação internacional aceita em outros mercados. Isso vai evitar que o algodão brasileiro seja depreciado quando chegar ao seu destino e elevará nossos ganhos”, observou Portocarrero.

O executivo lembra que este tipo de laboratório tem sido financiado por governos de outros países. Para o caso do Brasil, porém, ele diz que a preferência foi aplicar os recursos da entidade para ter autonomia sobre todo o processo.

“Não podemos correr o risco de dependermos do poder público. Até pensou-se em utilizar uma universidade ou instituto, mas assim correríamos o risco de ficarmos com as atividades paralisadas em caso de greve de servidores ou cortes no orçamento. Por isso, preferimos ter controle sobre todas as etapas do negócio”, frisou. 
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet