O protesto dos caminhoneiros contra o aumento no preço dos impostos dos combustíveis teve início na manhã desta terça-feira (01), na BR-163, próximo a cidade de Sorriso (420 km de Cuiabá). Por enquanto, a indicação é que apenas os veículos de carga sejam proibidos de seguir viagem. Além do Movimento dos Transportadores de Grãos e Derivados (MTG), que está à frente da organização, centrais sindicais e movimentos sociais deverão contribuir com o ato, que não tem data para ser encerrado.
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A Concessionária Rota do Oeste, responsável pela administração do trecho, informou que a faixa no sentido sul do km 747, da BR-163, foi fechada pelos manifestantes por volta das 08 horas. Os veículos de carga estão impossibilitados de seguir viagem, enquanto que os outros são liberados para continuar o trajeto.
(Foto: Ivan Oliveira)
Os manifestantes disseram que irão fazer a liberação da rodovia a cada duas horas. Após às 12 horas, está previsto o bloqueio da rodovia nos dois sentidos, também com liberação no mesmo período de tempo. Ao todo, são 100 caminhoneiros que protestam no local. Veículos com carga viva, perecíveis, ambulância e ônibus estão com passagem liberada.
Em decorrência da alteração, a alíquota do PIS/Cofins para a gasolina mais que dobrou, passando dos atuais R$ 0,3816 por litro para R$ 0,7925 por litro. No caso do diesel subiu de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 nas refinarias. Para o produtor do etanol, passou de R$ 0,12 para R$ 0,1309 por litro. Para o distribuidor, a alíquota, atualmente zerada, sobe para R$ 0,1964.
O líder do MTG, Gilson Baitaka, considera a medida como “criminosa” e conclama toda a sociedade para participar dos atos. “O Governo fez isso justo no ano em estávamos conseguindo equilibrar as contas, graças ao clima e a uma boa safra observada em todo o país. Nós não somos os únicos a sofrer com o aumento, as passagens vão subir as roupas, os alimentos, tudo. Por isso a população deve aproveitar a oportunidade para se manifestar.”
Ao longo da paralisação, os caminhoneiros bloquearão as rodovias com pneus, permitindo apenas a passagem de veículos de passeio. A recomendação, no entanto, é que os motoristas peguem a estrada apenas em casos de urgência, uma vez que, mesmo diante da orientação do MTG, outros profissionais podem inviabilizar a passagem totalmente em determinados locais. Se registrada, este tipo de ação fica sob responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal (PRF).