A tarifa cobrada nos Pedágios Comunitários a serem instalados em 14 rodovias estaduais será 100% investida nas mesmas. As praças serão implantadas pelo governo de Mato Grosso, enquanto associações de usuários realizarão a cobrança e o investimento da tarifa nas rodovias mato-grossenses. Estado já realizou mapeamento de aproximadamente seis mil quilômetros de estradas de chão, desde março, e começa a definir as diretrizes estratégicas para distribuir os maquinários das Patrulhas Comunitárias, que também visam, assim como o Pedágio Comunitário, a manutenção das estradas, e que deve gerar uma economia de R$ 30 milhões ao ano.
A autorização da implantação dos Pedágios Comunitários em Mato Grosso foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 9 de julho, por meio de decreto. As praças de pedágio serão implantadas em 14 rodovias estaduais. A cobrança, como o
Agro Olhar já comentou, será realizada através de convênios com empresas ou associações a serem realizados por meio de chamamento público.
“Os Pedágios Comunitários são aliados nas manutenções das rodovias. É uma estratégia suplementar de manutenção, ao qual você transfere para associações usuários a responsabilidade para coletar o pedágio e dar a manutenção nestes trechos”, explica o secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo Duarte.
Leia mais:
Governador autoriza implantação de cobrança de pedágios em 14 rodovias estaduais
Pedágio e Patrulhas Comunitárias visam manutenção de rodovias em MT
Os trechos a serem pedagiados estão localizados na região Norte nas rodovias: MT-140, entre Sinop e Santa Carmem; a MT-423, que liga Sinop a Cláudia e União do Sul; MT-220, entre Sinop e Tabaporã; MT-225, do entroncamento com a BR-163 até Feliz Natal; MT-320, de Nova Santa Helena a Alta Floresta; MT-485, da BR-163 até à Gleba Morocó; MT-487, do entroncamento com a BR-163 até á Gleba Barreiro; e a MT-419, de Guarantã do Norte e Novo Mundo.
Já no Norte-Araguaia nas rodovias MT-243 e 242, que liga Querência ao entroncamento com a BR-158; a MT-326, de Canarana até à BR-158; a MT-437, que vai do trevo da BR-158 até ao final do asfalto, passando por Confresa; e a MT-412, do entroncamento com a BR-158 a Canabrava do Norte. Na região Noroeste do estado estão previstas praças de pedágio na MT-170, do entroncamento da BR-364 a Brasnorte; e na MT-242, no trecho entre a MT-170 e Juara.
De acordo com o secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo Duarte, 100% do valor cobrado da tarifa será implantado nas rodovias. “Isso vai garantir que se consiga uma estrada segura. O Pedágio Comunitário é uma parceria e não uma concessão, como muitos estão pensando. Isso não é novidade em Mato Grosso. São os ‘Pedágios Caipiras’ lá do início dos anos 2000 que hoje estamos resgatando. Onde há estes pedágios a rodovia está bem conservada. Buraco que amanhece não pode anoitecer”, salientou o secretário em entrevista ao Agro Olhar.
Patrulha Comunitária e economia de R$ 30 mi
Recentemente a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) realizou diversas reuniões em 10 regiões de Mato Grosso quanto as Patrulhas Comunitárias, que também visam a manutenção das rodovias estaduais. As reuniões tiveram como objetivo as diretrizes para a distribuição dos maquinários.
Entre março e julho uma equipe técnica da Sinfra percorreu mais de 9,2 mil quilômetros e mapeou seis mil quilômetros de estradas de chão. A estimativa com as Patrulhas Comunitárias é economizar mais de R$ 30 milhões por ano com mão de obra no comparativo com o modelo atual de patrulhas.
O Patrulhas Comunitárias, segundo a Sinfra, é uma parceria entre o governo de Mato Grosso e Associações Sem Fins Lucrativos, onde o governo irá ceder o maquinário (10 máquinas), óleo diesel e recursos financeiros, enquanto as associações executarão a manutenção e a conservação das estradas que não possuem asfalto.
A Sinfra destaca que as máquinas serão monitoradas via GPS, com intuito de garantir o cumprimento das metas de cada convênio.